"CONDIÇÕES DE TRABALHO ESTÃO MUITO PRECÁRIAS"
Apesar do crescimento da economia, novos postos de emprego são muito mal remunerados, explica sociólogo
Por Tatiana Merlino
Com o crescimento da economia brasileira nos últimos anos e o aumento do número de trabalhadores com carteira assinada e do rendimento real do trabalho - reajustes que ficam acima da inflação -, alguns economistas afirmam que o Brasil caminha para o pleno emprego. "Hoje, o país tem taxas de desemprego historicamente muito baixas, se comparadas com as médias das últimas décadas", aponta Ruy Braga, professor do departamento de sociologia da Universidade de São Paulo (USP), em entrevista a Caros Amigos. No entanto, apesar do aquecimento do mercado de trabalho, ele é, ainda, muito marcado por postos de trabalho precários e mal remunerados. "Há uma concentração de vagas na faixa de até dois salários mínimos, o que aquece o mercado de trabalho com baixos salários e, consequentemente, em condições muito precárias", desmistifica o professor da USP. Para entender o real quadro do mercado de trabalho, Braga explica. "Em primeiro lugar, temos que levar em consideração a seguinte questão: emprego formal, no Brasil, não significa emprego de qualidade."
Caros Amigos - Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados estão apontando para um aquecimento do mercado de trabalho e um aumento do número de trabalhadores que se demitem para conseguir outros empregos. Como você vê esse quadro do mercado de trabalho no Brasil?
Ruy Braga - Há uma conjuntura de relativo crescimento econômico, o que evidentemente aumenta a oferta de vagas. Hoje, o país tem taxas de desemprego historicamente muito baixas, se comparadas com as médias das últimas décadas. Temos uma situação de quase pleno emprego entre muitos setores importantes do mercado de trabalho.
A entrevista completa você lê na edição 182 de Caros Amigos, nas bancas e loja virtual"
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