"A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou nesta quinta-feira (3/5) o relatório Informações Gerenciais, com diversas informações sobre o setor elétrico brasileiro. Em dos pontos do documento, o órgão regulador apresenta preços e indicadores de qualidade da distribuição de energia no País. Os dados mostram que a região Norte tem, ao mesmo tempo, as maiores tarifas finais e os piores serviço de fornecimento.
A média da tarifa no Norte é de R$288 por MWh, contra R$286 por MWh no Sudeste e R$281 por MWh no Centro-Oeste. Os menores preços aparecem no Nordeste, com R$252 por MWh, e no Sul, com R$200 por MWh. No País, a média é um valor na casa dos R$258 por MWh. Assim, o consumidor da região Norte paga 40% mais que o do Sul - e 11,6% mais que a tarifa média nacional.
Apesar do custo mais alto, o Norte não conta com um serviço melhor. Os dados mais recentes da Aneel, de meados de 2011, apontam para índices DEC e FEC, que medem duração e frequência das interrupções de energia, de 76 e 48, respectivamente, para a região. No Centro-Oeste, tais números são 20 e 15, contra 21 e 12 no Nordeste. No Sudeste, DEC e FEC são, em média, 12 e 7, enquanto, no Sul, 14 e 10.
Ao analisar as médias, é possível ver que o consumidor do Norte tem blecautes 313% mais longos que a média do País. A frequência das ocorrências também é 332% maior nesses Estados do que no restante do Brasil.
Tantos problemas no fornecimento fazem com que as distribuidoras que atendem essas localidades também sejam obrigadas pela Aneel a pagar as maiores compensações aos consumidores pelo descumprimento de indicadores de qualidade. Em 2011, essas concessionárias pagaram R$114,5 milhões, por meio de créditos nas faturas dos clientes. A segunda região no ranking, Sudeste, teve R$111,8 milhões em desembolsos. Em seguida, aparecem Nordeste (R$56,9 milhões), Sul (R$42,3 milhões) e Centro-Oeste (R$34,5 milhões). No total, as distribuidoras do País somaram R$360,2 milhões em devoluções.
Abaixo da inflação
O relatório da Aneel também aponta que as tarifas residenciais no País cresceram abaixo da inflação nos últimos anos. A elevação nos preços da energia entre 2006 e 2012 teria sido, de acordo com a agência, de 8%, em média. No mesmo período, o IPCA, calculado pelo IBGE, saltou 31,5% e o IGPM, da FGV, teve alta de 36,3%."
Extraído de http://www.jornaldaenergia.com.br/ler_noticia.php?id_noticia=9779
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