"O ex-general argentino Jorge Videla, líder do golpe de 1976 e chefe da junta militar até 1979, admitiu pela primeira vez que seu governo matou “entre sete e oito mil pessoas” e deu sumiço nos corpos, para “não provocar protestos”. Videla, que comandou o regime no período mais agudo da “guerra suja”, como veio a ser chamada a perseguição à oposição de esquerda, justificou a eliminação física dos militantes em nome de “disciplinar uma sociedade anarquizada” e “ganhar a guerra contra a subversão”, segundo citaram os jornais argentinos Clarín e La Nación.
As revelações foram feitas ao jornalista Ceferino Reato, que foi à prisão entrevistar o ex-ditador para o livro Disposição final: a confissão de Videla sobre os desaparecidos (em tradução livre). Ne entrevista, Videla descreveu de forma detalhada os métodos utilizados na ditadura, endossou o uso da tortura e classificou de “irrecuperáveis” os opositores que seu governo transformou em números na estatística dos mortos e desaparecidos, segundo o La Nación. O livro de Reato inclui testemunhos de outros chefes militares, além de guerrilheiros, políticos, funcionários e sindicalistas, na tentativa de reconstruir o contexto histórico da ditadura sob o comando de Jorge Videla."
Extraído de http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2012/04/14/interna_mundo,297880/ex-ditador-argentino-admite-8-mil-mortes-no-periodo-agudo-da-guerra-suja.shtml
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