"A estatal paranaense de energia Copel está muito atenta ao mercado e pode apostar em aquisições para crescer, principamente em um ano em que a perspectiva de assegurar novos empreendimentos via leilões é limitada - haja vista o adiamento dos certames A-3 e A-5 devido a sobras de energia contratada pelas distribuidoras.
Em reunião com investidores realizada nesta quarta-feira (11/4) em São Paulo, o presidente da empresa, Lindolfo Zimmer, destacou o baixo endividamento, que permite até mesmo pensar em negócios de grande porte. Mas assegurou que a aposta é em uma expansão mais gradual e equilibrada.
"Estamos olhando. A gente vai ser muito seletivo. Mas, se me permitem uma opinião pessoal, vamos ter aquisições e diria até que não vamos demorar muito", apontou. O executivo disse que a situação da companhia permitiria até mesmo captações vultuosas - alto entre R$6 e R$8 bilhões. Ainda assim, a preferência é por oportunidades com preços entre R$500 milhões e R$1 bilhão. "São meus favoritos. Até porque, se não derem muito certo, eu não prejudico tanto os acionistas, o resultado não fica tão comprometido. Diversificamos um pouco as operações para minimizar os riscos".
Alguns dos ativos que Zimmer admite que estão na mira são distribuidoras que hoje pertencem ao Grupo Rede. A holding controla nove empresas, mas enfrenta dificuldades finaceiras, sendo que uma subsidiária, a Celpa, entrou com pedido de recuperação judicial, enquanto Enersul e Cemat estão com débitos setoriais e tiveram as tarifas bloqueadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
"O que existia é que a Rede Energia queria vender seus ativos como um todo, e avaliamos que assim era muito para nós. Agora, há uma tendência a ser feito isso em partes. E, se for, devemos tentar comprar uma parte", explicou Zimmer. O presidente da Copel aponta interesse na CPFLO, que atende uma cidade do Paraná, com cerca de 60mil consumidores, e na qual a Copel poderia oferecer até mesmo um serviço mais barato que o prestado atualmente.
Outras empresas do grupo que atraem são a Enersul, que atende o Mato Grosso do Sul , na divisa com o Paraná, e a Cemat, no Mato Grosso - Estado em que a Copel constrói a hidrelétrica de Colíder e instalará o complexo de transmissão do Teles Pires, em parceria com a chinesa State Grid. Ele descartou, porém, qualquer interesse na Celpa, que atende o Pará. "Não tem nada a ver e nem estamos culturalmente preparados para operar naquela região".
Cooperativas de distribuição e empresas menores, incluindo concessinárias que pertencem a prefeituras, também são um meio de crescer e consolidar a atuação no setor.
Em geração, Zimmer disse que há "bastante interesse" em parques eólicos e revelou que a empresa vai ampliar tanto a prospecção na área para compras quanto para parcerias e desenvolvimento de novos projetos.
Um negócio que está muito próximo, porém, é no tradicional setor hidrelétrico. O presidente da Copel adiantou que as conversas estão "muito avançadas" para que a empresa assuma uma participação de 30% na UHE Baixo Iguaçu, atualmente com concessão nas mãos de Neoenergia e Desenvix. Nessa transação, entraria ainda a Eletrosul, que também arremataria uma fatia no projeto.
A usina foi leiloada pelo governo em 2008, mas entraves ambientais e judiciais deixaram o empreendimento paralisado até hoje. Recentemente, uma decisão da Justiça garantiu a validade da licença ambiental da planta, mas ainda cabe recurso. Zimmer afirma que, até o momento, a sentença é válida e que a ideia é começar as obras muito em breve.
Ja em transmissão, a Copel apontou já ter cumprido os objetivos de seu plano estratégico até 2015 e, de acordo com Zimmer, serão analisadas apenas eventuais propostas de negócios envolvendo ativos muito próximos ou conectados à rede existente da empresa."
Espero que se comprarem a cemat,fassam mudanças realmente eficazes....
ResponderExcluirE que tirem a banda podre que infelizmente se instalou como vem acontecendo nas eferas Brasileiras....