"A FEM-CUT/SP e o Grupo 8 (que reúne os sindicatos patronais dos setores de trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, esquadrias, construções metálicas, artefatos de ferro, rodoviários entre outros) iniciaram nesta quinta, dia 4, a primeira rodada de negociação da Campanha Salarial da categoria, na sede do Sicetel (Sindicato Nacional da Indústria de Trefilação e Laminação de Metais Ferrosos) na FIESP.
Estão em Campanha cerca de 25 mil metalúrgicos nas empresas do G8 em todo Estado e a data-base é 1º de setembro. O presidente da Federação, Valmir Marques (Biro Biro), coordenador da bancada dos trabalhadores, negociou a importância de a bancada do G8 apoiar o combate às práticas antissindicais nas empresas dos setores. “Embora tenhamos no nosso ordenamento jurídico leis que protejam o dirigente sindical, no entanto, muitos empresários desrespeitam estas normas e acabam perseguindo e demitindo os sindicalistas. Esta atitude limita o seu trabalho e não contribui na melhoria da relação capital e trabalho”, explicou.
Biro ainda disse que a proposta da FEM é incluir o tema na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) no G8 e também nas demais bancadas patronais. A bancada patronal, coordenada pelo empresário e assessor jurídico Valdemar Andrade, disse que não tem poder de governabilidade sobre as empresas, mas analisará a reivindicação da Federação.
Outras reivindicações debatidas entre a FEM e o G8 foram a ampliação da Licença Maternidade de 120 dias (4 meses) para 180 dias (6 meses) e a contratação de mais mulheres nas fábricas dos setores.
Próximas rodadas
As próximas rodadas de negociação da FEM e o G8 estão agendadas para os dias 15 e 19 de agosto, às 10 horas, no Sicetel, no prédio da FIESP.
Casos de práticas antissindicais
Casos de práticas antissindicais
Recentemente, na base da FEM-CUT/SP aconteceram casos de práticas antissindicais nas empresas Baldan (que fabrica máquinas agrícolas, localizada em Matão e é ligada ao Grupo 8) e BB Fundição (Monte Alto). As fábricas demitiram quatro sindicalistas, que só foram reintegrados graças às medidas judiciais movidas pelos sindicatos metalúrgicos.
A mesa de negociação entre a FEM-CUT/SP e o Grupo 8. (Foto: Juliana Souza - Midia Consulte)
Principais reivindicações dos metalúrgicos da CUT
Reposição integral da inflação;
Aumento real no salário;
Valorização nos pisos salariais;
Licença Maternidade de 180 dias;
Ampliação nos direitos sociais;
Organização Sindical no Local de Trabalho;Jornada de 40h semanais, sem redução no salário.
Base FEM-CUT/SP
A FEM-CUT/SP tem 14 sindicatos metalúrgicos filiados, que representam 250 mil trabalhadores em todo o Estado. A data-base é 1º de setembro. A Federação negocia com sete bancadas patronais divididas nos seguintes setores:
A FEM-CUT/SP tem 14 sindicatos metalúrgicos filiados, que representam 250 mil trabalhadores em todo o Estado. A data-base é 1º de setembro. A Federação negocia com sete bancadas patronais divididas nos seguintes setores:
Montadoras (ABC paulista, Taubaté e São Carlos)
Fundição; Estamparia;
Grupo 2 (máquinas e eletrônicos);Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos);Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros);Grupo 9 (antigo G10 - reúne os sindicatos patronais dos setores de lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros)."
Fundição; Estamparia;
Grupo 2 (máquinas e eletrônicos);Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos);Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros);Grupo 9 (antigo G10 - reúne os sindicatos patronais dos setores de lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros)."
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