"Depois de tanta espera, enfim a Petrobras divulgou na sexta-feira, após o fechamento do pregão, o seu plano de investimentos entre 2011 e 2015. Numa análise inicial o que se vê é que o teor do comunicado não poderia ser melhor, pelo menos aos olhos do mercado. Assim como analistas e investidores esperavam, o valor total do plano foi praticamente mantido e, dentro dele, a parte de exploração e produção teve um aumento, enquanto o segmento de refino sofreu uma redução.
Tudo indica, portanto, que as ações da Petrobras têm grandes chances de começar o pregão de hoje em alta. No ano, as preferenciais (PN, sem voto) da estatal acumulam uma queda de 14,24% e as ordinárias (ON, com voto) de 15,15%, ante uma baixa de 13,04% do Índice Bovespa.
"A manutenção do plano de investimento, com uma queda em abastecimento e refino e um aumento em exploração e produção, pode ser um bom empurrão para as ações, que estão desvalorizadas há muito tempo, engrenarem um movimento de alta", diz o gerente de renda variável da Modal Asset Management, Eduardo Roche.
Ele afirma que a manutenção do plano de investimento é positivo, uma vez que o tamanho já era significativo - US$ 224 bilhões entre 2010 e 2014 e agora US$ 224,7 bilhões entre 2011 e 2015. "Em tese, quanto maior é o investimento, maior é o retorno que o investidor vai ter só no futuro", explica Roche.
Já a redução do investimento em refino é bem vista pois historicamente esse segmento proporciona um retorno baixo para a companhia, diz o executivo da Modal Asset. O desembolso da Petrobras para o setor caiu de US$ 70,6 bilhões no plano de investimento passado para US$ 70,6 bilhões no atual.
Não é de hoje que as ações da Petrobras estão na bacia das almas. O processo de capitalização, no ano passado, reduziu muito o interesse dos investidores pelos papéis."
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