quarta-feira, 16 de abril de 2014

Preço de leilão de energia deve atrair usinas, afirma setor (Fonte: MF)

"Para empresas preço é atrativo para contratos com duração de 5 anos; meta é reduzir rombo de distribuidoras.
A Aneel aprovou definiu ontem o preço-teto do megawatt do leilão com o qual o governo espera aumentar a oferta de energia mais barata no país. A meta é reduzir o custo das distribuidoras e conter a alta das tarifas.
No último leilão semelhante, o preço-teto foi R$ 190, considerado baixo demais, o que levou a oferta menor que a demanda existente.
Para o leilão marcado para o dia 30 de abril, o preço, de R$ 271, foi considerado competitivo pelo setor.
Embora no mercado de curto prazo as usinas vendam energia excedente a R$ 822, os contratos do leilão têm a vantagem da validade superior a cinco anos.
Assim, se a energia ficar mais barata nesse período, essas usinas continuarão recebendo a receita acordada.
"A dosagem foi boa", disse Mário Menel, presidente da Abiape (Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia).
Para Reginaldo Medeiros, presidente da Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia), o preço é atrativo quando se consideram as projeções para os preços no futuro, mas isso depende da estratégia.
Segundo ele, cada empresa terá de avaliar se esse é o melhor negócio possível ou haverá melhor no futuro.
Para as distribuidoras, a vantagem está na redução imediata dos preços. 
O volume de energia que as distribuidoras ainda precisam contratar neste ano é de 3.200 megawatts. Considerando o sucesso absoluto do leilão, a contratação total da energia e a manutenção do preço no mercado de curto prazo, tal qual está hoje, as distribuidoras conseguiriam evitar um gasto de R$ 10,4 bilhões apenas com o leilão.
André Crisafulli, consultor da Andrade & Canellas, acredita que as distribuidoras participarão em peso do leilão. "No momento, é melhor assegurar um preço fixo".
Ele calcula que, caso as distribuidoras consigam no leilão comprar toda a energia de que precisam, os negócios podem render até R$ 9,5 bilhões por ano.
O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, disse esperar que o governo poderá contratar "senão toda, quase toda a energia necessária".
Com o leilão, o governo espera reduzir a necessidade de as distribuidoras recorrerem a empréstimos bancários para fecharem suas contas este ano. Elas já têm autorização para obter R$ 11,2 bilhões.
O consumidor também terá vantagens, uma vez que o custo desses financiamentos terá de ser repassado às tarifas a partir do ano que vem."


Fonte: MF

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