"A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT recebeu nesta quarta (24), em sua sede em São Bernardo (SP), o secretário geral da IndustriALL Global Union Jyrki Raina, que está cumprindo uma agenda sindical no Brasil. Raina foi recebido por João Cayres, secretário geral e de Relações Internacionais da CNM/CUT. No encontro, o dirigente da IndustriALL – entidade mundial que representa trabalhadores metalúrgicos, químicos e têxteis – expressou seu apoio às reivindicações dos trabalhadores brasileiros que integram a campanha organizada pela CUT e demais centrais sindicais.
Sobre as atividades da IndustriALL desenvolvidas em parceria com os sindicatos brasileiros, Raina apontou a importância da campanha mundial contra o trabalho precário. No Brasil, esta campanha tem como foco a luta contra o Projeto de Lei 4.330/2004, sobre a terceirização. “Até entendemos que as empresas necessitam de terceiros para exercer funções que não são do seu núcleo de atividade”, comentou ele. “Mas a terceirização de todas as funções é uma ameaça às conquistas alcançadas até agora, colocando em risco condições decentes de trabalho”.
A campanha contra o trabalho precário da IndustriALL é voltada para todo o mundo. Na última semana, inclusive, foi realizado seminário sobe o tema em São Paulo, que reuniu 40 sindicalistas brasileiros dos três ramos representados pela entidade internacional. “Durante o seminário, ficaram evidenciadas as três principais causas da precarização, que são a terceirização, os empregos temporários (que as vezes ficam indefinidamente nesta condição) e a contratação de trabalhadores através de agências de emprego”, recordou João Cayres, assinalando que o combate ao trabalho precário é uma luta que deve unir movimento sindical em todo o mundo, já que as empresas sempre buscam ampliar seus lucros às custas da redução de direitos dos trabalhadores. “Para isso, elas instalam-se em locais onde a legislação trabalhista e a tradição sindical são frágeis e, assim, o nosso papel é o de reforçar as ações internacionais do movimento sindical”, complementa Cayres."
Fonte: CUT
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