"Jornalistas e radialista estão concentrados na porta do Jornal da Cidade para impedir a circulação do diário neste sábado, 27. A manifestação é uma reação à falta de entendimento com a classe patronal na luta pela valorização profissional, reposição de perdas salariais e por melhores condições de trabalho.
A presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de Sergipe (Sindijor), Caroline Santos, e o presidente do Sindicato dos Radialistas, Fernando Cabral, explicam que as tentativas de negociações com o sindicato patronal foram infrutíferas. As tentativas de entendimento, segundo os sindicalistas, foram iniciadas no mês de abril na perspectiva de assinatura de acordo em maio, mês da data base dos comunicadores sergipanos. “Mas a classe empresarial sempre diz não a coisas tão simples”, explica Caroline Santos.
A chuva não inibiu os manifestantes. Na manhã desta sexta-feira, 26, os comunicadores se concentraram na sede do Sindicato dos Radialistas e, atendendo decisão da assembleia geral realizada no início desta semana, sortearam a empresa que deveria ser ocupada. No sorteio, o Jornal da Cidade foi contemplado. “E, se as negociações não avançarem, nova empresa será sorteada para ser fechada”, alertam os sindicalistas.
Jornalistas e radialista estão recebendo apoio de outras categorias e mostram disposição a permanecer todo o dia na porta do diário. Os funcionários do Jornal da Cidade que chegam aos respectivos postos de trabalho ficam impossibilitados de ter acesso à empresa. “Nossa esperança é que o jornal não circule amanhã [sábado, 26]”, observa Cabral.
Entre as reivindicações dos comunicadores, destacam-se auxílio alimentação, auxílio creche, 15% de reajuste salarial para repor parte das perdas acumuladas ao longo dos anos, gratificação por formação em percentual distinto de acordo com a graduação do profissional, estabelecer piso salarial para o pessoal que trabalha no setor administrativo das empresas de comunicação e escala de folga mensal para jornalistas e radialistas.
O presidente interino do Sindicato das Empresas de Rádio, Televisão, Jornais e Revistas do Estado de Sergipe (Sinertej), Messias Carvalho, lamenta os protestos, assegura que os patrões estão dispostos a manter a negociação e revelou que as empresas passam dificuldades financeiras devido à queda de receita e que só conseguem reajustar os salários em 7%. Este percentual proposto, segundo o representante da classe patronal, está acima da inflação acumulada no período equivalente à negociação, que é, segundo revelou, de 6,97%.
Quanto aos demais itens da pauta, Messias Carvalho garante que as empresas que apresentam condições já estão concedendo os benefícios pleiteados e informou que todas as empresas de comunicação já estão fazendo “sacrifício” e pagando os 7% referentes ao reajuste proposta pelo patronato, com efeito retroativo ao mês de maio."
Fonte: FITERT
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