"A baixa taxa de desemprego e a escassez de mão de obra em alguns setores, além do aumento do salário mínimo, ajudaram a puxar para cima o ganho real nas negociações trabalhistas no primeiro semestre. Apesar da fraca atividade econômica, predominaram os aumentos salariais acima da inflação, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As negociações estão mais difíceis, em função do quadro econômico, mas as categorias que já fecharam acordos alcançaram ganhos reais superiores aos do ano passado, quando ficaram, em média, em 1,5%.
“No ano, o ganho real deve ficar entre 2% e 3%”, prevê Cid Cordeiro, coordenador técnico do Dieese no Paraná. Até agora, das 147 negociações fechadas em todo o Brasil, 95,5% tiveram ganho real – no ano passado, a média foi de 87,3%. A taxa de aumentos que superaram em 5% o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também ficou bem acima da registrada ao longo do ano passado: 12,3% das negociações terminaram com reajustes desse porte, ante apenas 1,6% na média do ano passado.
Para o primeiro semestre se esperava que as negociações fossem mais difíceis, já que a economia andou de lado nos primeiros meses do ano e a inflação segue menos agressiva que no ano passado. “Mas o que vimos é que o que foi decisivo na negociação foi o mercado de trabalho ainda aquecido”, acrescenta Cordeiro. Setores em que há uma concorrência maior por mão de obra tiveram que ceder mais. “Hoje 36% das demissões são feitas a pedido do trabalhador. Para segurar o empregado, os patrões tiveram que negociar melhores condições”, diz..."
“No ano, o ganho real deve ficar entre 2% e 3%”, prevê Cid Cordeiro, coordenador técnico do Dieese no Paraná. Até agora, das 147 negociações fechadas em todo o Brasil, 95,5% tiveram ganho real – no ano passado, a média foi de 87,3%. A taxa de aumentos que superaram em 5% o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também ficou bem acima da registrada ao longo do ano passado: 12,3% das negociações terminaram com reajustes desse porte, ante apenas 1,6% na média do ano passado.
Para o primeiro semestre se esperava que as negociações fossem mais difíceis, já que a economia andou de lado nos primeiros meses do ano e a inflação segue menos agressiva que no ano passado. “Mas o que vimos é que o que foi decisivo na negociação foi o mercado de trabalho ainda aquecido”, acrescenta Cordeiro. Setores em que há uma concorrência maior por mão de obra tiveram que ceder mais. “Hoje 36% das demissões são feitas a pedido do trabalhador. Para segurar o empregado, os patrões tiveram que negociar melhores condições”, diz..."
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