"A distribuidora de energia elétrica Celpa realizou nesta segunda-feira (19/3) uma assembleia geral extraordinária com o objetivo de ratificar as deliberações de seu Conselho de Administração - entre elas, a aprovação do pedido de recuperação judicial da companhia, ajuizado em 28 de fevereiro.
O encontro contou com a presença de representantes de 99,97% do capital votante da empresa e teve os trabalhos chefiados pelo presidente do Conselho, Jorge Queiroz. A Eletrobras, que detém uma participação de 34,7% na concessionária, também participou. A representante da estatal, Cristiane Vieira de Paiva, inclusive, foi a voz discordante no encontro. O voto da Eletrobras foi contrário ao aval para a recuperação judicial.
Na manifestação, Paiva lembrou votos dos membros indicados pela Eletrobras para o Conselho de Administração da Celpa, que também foram contra a proposta. Apesar da posição da Eletrobras, a maioria dos presentes na assembiela ratificou a opção da Celpa pela recuperação.
A Celpa, ao buscar a via judicial, diz que teve a intenção de "garantir a continuidade dos serviços de distribuição de energia elétrica prestados à população do Pará". A companhia atende 143 cidades e tem cerca de 1,6 milhão de clientes.
Em comunicado apresentado na ocasião, a Celpa garantiu que é uma empresa viável e disse que a negociação multilateral com credores "possibilitará que a companhia encontre as condições necessárias para equacionar sua saúde financeira, cumprir com suas obrigações e seguir com seu plano de negócios".
No final de 2010, a Celpa somava um endividamento financeiro de R$1,6 bilhão. O último balanço apresentado pela companhia mostra que essa dívida cresceu 39% em um ano, uma vez que era de R$1,1 bilhão em 2009.
O Jornal da Energia entrou em contato com a Eletrobras para obter esclarecimentos sobre a posição da companhia no caso, mas não obteve retorno até o momento."Extraído de http://www.jornaldaenergia.com.br/ler_noticia.php?id_noticia=9346
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