"Autor(es): Denise Rothenburg
Correio Braziliense - 26/01/2012
O PMDB que se prepare. Depois de ver ameaçado o poder do partido no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), o governo Dilma Rousseff trabalha para afastar o ex-senador Sérgio Machado da Transpetro da mesma forma que José Sergio Gabrielli sairá da Petrobras. O nome mais cotado para substituí-lo é Richard Olm, gerente de Logística e Participação de Gás Natural da Petrobras, ligado à diretora Maria da Graça Foster, a futura presidente da empresa.
A notícia sobre a saída de Sérgio Machado da Transpetro, entretanto, não será tão tranquila quanto a de Gabrielli, que assumirá uma secretaria estadual na Bahia. E promete provocar mais barulho. Afinal, o presidente da Petrobras não tem como padrinhos o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), nem o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) — peças importantes para o jogo do governo no Senado. Se for para tirar Machado, os peemedebistas já avisaram que pretendem fazer o sucessor dele. O Planalto, por enquanto, fez ouvidos de mercador a essa hipótese.
A intenção de Dilma é tomar conta da área de energia, especialmente, o setor de petróleo, que concentrará grande parte dos recursos que o governo pretende arrecadar. Portanto, os partidos devem se preparar para novas trocas nessa área. Mas a Petrobras e as subsidiárias não são as únicas que Dilma deseja ver fora da influência dos partidos, ou melhor, dos aliados. O setor elétrico também está nesse bolo.
Em breve, o que provocará turbulência é a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), hoje um dos feudos do PSB de Eduardo Campos. O problema é que, para acolher Gabrielli, Jaques Wagner terá que tirar um de seus secretários. O mais provável no desenho em estudo é que Gabrielli ocupe a pasta de Indústria e Comércio, capitaneada pelo engenheiro eletricista Jaime Santos Correia. Portanto, há agora um movinemento no PT da Bahia para que Correia seja guindado à Chesf."
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