quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Nova tentativa de paz na Colômbia (Fonte: RBA)

"O governo do presidente Juan Manuel Santos e os representantes das Farc na Colômbia assinarão amanhã (24) nova versão do acordo de paz que abre a possibilidade de pôr fim a mais de 50 anos de guerra civil no país. A assinatura será realizada no Teatro Cristóbal Colón, em Bogotá, numa cerimônia menos pomposa do que a anterior, em Havana, que contou a presença de outros chefes de Estado e da Organização das Nações Unidas.

A primeira versão do acordo foi rejeitada por pequena diferença de votos no referendo convocado para apreciá-la, cujo comparecimento foi baixo. A derrota do acordo foi uma surpresa, já que as pesquisas de opinião davam como certa a sua vitória. Contou com a tenaz oposição do ex-presidente Álvaro Uribe e de seus partidários, que alegaram ser o acordo insuficiente em matéria de punição das “atrocidades cometidas pelas Farc”, segundo eles.

Uribe sempre se opôs a qualquer acordo com os guerrilheiros, sempre optando pela possibilidade – que se revelou irreal  de derrota-los militarmente. Santos, egresso das fileiras de Uribe, fez ponto de honra de seu governo acordar a paz com as Farc, o que abriria a possibilidade de acordos semelhantes com outro grupo guerrilheiro menor, o Exército de Libertação Nacional. As negociações de paz, levadas a cabo em Havana, duraram quatro anos.

Desta vez, Santos pretende levar a nova versão do acordo ao Congresso para apreciação, onde seus partidários dispõem de uma maioria descrita como confortável. Uribe deseja a realização de um novo plebiscito, considerando que as mudanças ( cerca de 50) na nova versão são apenas “cosméticas”. Dispôs-se a realizar um encontro com lideranças das Farc, que rejeitaram a possibilidade, alegando que ele nunca desejou, de fato, a paz. Uribe vem se valendo da oposição ao acordo para “renascer” politicamente, agora como opositor de Santos. Este, por sua vez, recebeu o prêmio Nobel da Paz deste ano pelos esforços em prol da pacificação no pais, que poria fim ao mais antigo movimento guerrilheiro ainda em atividade na América Latina..."

Íntegra: RBA

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