"Com 97% de seu negócio vinculado à distribuição de energia elétrica, a Celesc vem trabalhando em diferentes frentes desde 2011 para restaurar o equilíbrio econômico da distribuidora, bem como a adequação dos investimentos e maior eficiência aos processos, o que deverá fazer a diferença durante o processo de renovação da concessão.
“Entendemos que a renovação terá dois vieses, um técnico e outro econômico. Do ponto de vista técnico, somos citados como benchmark, com um sistema robusto que atende o cliente de forma efetiva. E do ponto de vista econômico, nós estamos trabalhando as dificuldades com todas as metodologias desde o ano de 2011”, explicou o diretor-presidente, Cleverson Siewert.
Dentro disso, a empresa trabalha paralelamente com um Plano de Demissão Voluntária (PDV) e com um plano de eficiência operacional. Sobre o PDV, encerrado em julho deste ano, 753 funcionários foram desligados, e mais 300 devem sair até 2017. A empresa que detinha 3,7 mil funcionários em 2011 quer chegar a 2017 com algo em torno de 2,7 mil. Em um ano de processo, o resultado impactou em uma redução de quase 13,5% em despesas.
Já plano de eficiência operacional da companhia reestrutura suas áreas e processos no dia a dia. Em dezembro, após a anuência da assembleia legislativa de Santa Catarina, a empresa terá a extinção de 37 funções gratificadas, já aprovadas pelo Conselho de Administração, e que trará uma economia estimada em R$3,5 milhões aos cofres da empresa.
Segundo o Cleverson Siewert, além dos processos em questão, a empresa trabalha com uma redução de custos da ordem de 25% durante todo o período, que vai de 2014 a 2025. Em destaque, o diretor-presidente cita uma redução de 3% ao ano em pessoal de 2014 a 2017 – com verbas variáveis, redução do quadro e readequação de custeio com o plano previdenciário – e de 31,7% em MSO (manutenção, serviços e operação).
Essas ações vão de encontro ao plano de ação pedido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 9 de agosto deste ano, e que foi apresentado na última segunda-feira (18/11) pela empresa à Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira (SFF).
“Tivemos 14 equipes nossas e que foram apoiadas por consultorias, que listaram 27 oportunidades prioritárias, representando 80% dos ganhos da empresa, que estão dentro da renovação da concessão e plano de ação da Aneel”, contou o presidente da Celesc.
Investimento em automação
Dentro dos sistemas de alta tensão, a empresa investiu R$50 milhões nos últimos 15 anos e centralizou a operação das linhas em um único centro de comando, passando a operação de 450 para apenas 60 funcionários. Sobre o assunto, Cleverson Siewert contou “essa é a verdadeira eficiência operacional, e que traduz muito daquilo que procuramos fazer”.
Além disso, a empresa que possui 300 religadores instalados em seus sistemas de média e baixa tensão, deverá instalar mais 400 até o final deste ano. O planejamento prevê ainda 3 mil equipamentos em funcionamento até 2017."
Fonte: Jornal da Energia
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