REDAÇÃO ÉPOCA, COM AGÊNCIA ESTADO
O Brasil tem hoje duas usinas nucleares em atividade em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, e está se preparando para instalar uma terceira usina. Além disso, o governo pretende criar um novo parque de geração de energia nuclear no Nordeste, mas pouco foi divulgado sobre esse projeto.
Segundo uma estimativa feita pelo assistente da presidência da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães, nesta quarta-feira (8), a construção de novas usinas nucleares no Brasil deve atrasar em um ano a um ano e meio. Guimarães explica que o acidente nuclear em Fukushima, no Japão, após o país ser atingido por um terremoto seguido de tsunami, acabou adiando o processo. "Poderíamos atribuir um atraso de um ano a um ano e meio para as novas usinas", disse Guimarães.
O governo, no entanto, já tem previsão para inicar a construção de Angra 3. Durante o terceiro seminário de energia nuclear realizado no Rio de Janeiro, o executivo afirmou que o grupo vencedor da licitação das obras de montagem eletromecânica da usina de Angra 3 deve assumir o projeto em maio deste ano. "A expectativa é de que em maio a empreiteira (vencedora) já esteja no canteiro", afirmou.
A montagem eletromecânica foi dividida em dois contratos: um para atividades de edificação e estrutura dos sistemas convencionais da usina e outro para o sistema de geração de vapor por fonte nuclear. As empresas poderão participar do leilão de forma isolada ou em consórcio com até quatro empresas. Até o momento, estão na disputa o consórcio formado por Andrade Gutierrez, Odebrecht, Camargo Corrêa e UTC Engenharia, e o grupo composto por Queiroz Galvão, EBE e Techint Engenharia e Construção.
A Eletronuclear, responsável pelo empreendimento, estima o custo dos serviços em R$ 1,93 bilhão. No evento, Guimarães reafirmou que a previsão é de que a usina entre em operação em dezembro de 2015. No total, Angra 3 deve custar R$ 10 bilhões."
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