terça-feira, 19 de abril de 2011

“Sindipetro diz que número reduzido de funcionários cria riscos na Revap” (Fonte: Sindipetro)


“Principal problema estaria ocorrendo nas unidades de produção de asfalto e piche, nas obras de ampliação da refinaria

Fábio França
Especial para O Vale

O Sindipetro (Sindicato dos Petroleiros) de São José dos Campos acusa a Revap (Refinaria Henrique Lage, da Petrobrás) de operar parte de sua produção com menos pessoas que o ideal para garantir a segurança dos funcionários. Segundo a entidade, a situação mais grave ocorre nas duas unidades de produção de matéria prima para asfalto e piche, nas obras de ampliação da refinaria.
Numa destas unidades teria ocorrido o acidente que espalhou a fuligem que atingiu casas vizinhas à refinaria, no dia 30 de março. A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) registrou 27 reclamações de moradores do bairro Vista Verde e autuou a Revap.
O presidente do sindicato, Ari de Carvalho Pinho, avalia que o motivo teria sido gerado pela própria refinaria. “É um setor que demanda trabalho para dez pessoas, mas atualmente só há quatro. A defasagem obriga que os funcionários fiquem expostos por mais tempo a fatores que podem ser nocivos para a saúde deles”.
Redução. O presidente do Sindipetro afirma que desde a década de 1990 a refinaria realiza uma redução gradual da mão de obra no setor de produção. “Há setores que reduziram drasticamente”.
Segundo ele, em setores onde o número mínimo de funcionários era 13, a Revap diminuiu para oito. Segundo o presidente, o setor operacional da refinaria tinha em 1996 cerca de 610 funcionários, contra os quase 400 que trabalham atualmente.
Suspeita. Devido a um quadro comum entre os aposentados da fábrica, o Sindipetro levantou um alerta junto a prefeitura. “Mais de 20 aposentados morreram de câncer em um período menor que cinco anos após terem deixado o trabalho”, afirma o presidente.
O sindicato encaminhou em julho do ano passado um pedido para que fosse feito um estudo sobre um possível aumento nos casos de câncer e problemas respiratórios nos bairros próximos da Revap, mas não obteve resposta.

“A discussão não é mais apenas com a Revap, e sim com a cidade”, afirma Pinho.  De acordo com ele, a entidade pretende acionar a Fundacentro (entidade governamental que atua em pesquisa científica e tecnológica relacionada à segurança e saúde dos trabalhadores) para que seja feito um estudo do quadro que supostamente teria sido causado por exposição excessiva a na refinaria Henrique Lage.

Outro lado. Procurada para comentar o caso, a Petrobrás informou que não se pronunciaria sobre o assunto.

Já a Secretaria de Saúde de José dos Campos informou que recebeu o ofício do Sindipetro, mas que não dispõe de estudos epidemiológicos que indiquem correlação entre a emissão de poluentes e a incidência de cânceres na população do município. A secretaria ainda informou que a responsabilidade pela fiscalização sobre controle referente à emissão de resíduos compete a Cetesb.


Moradores entram com ação no MP

São José Dos Campos


Um grupo de moradores do Vista Verde, membros da Saviver (Sociedade Amigos do Bairro Vista Verde), vai entrar com uma representação no Ministério Público Federal nas próximas semanas, para tentar solucionar o problema do mau cheiro provocado pela Revap.
Reunião. Segundo os moradores, o forte odor de enxofre afeta o bairro há mais de 20 anos. Após se reunirem com representantes da refinaria na quarta-feira, eles tomaram a decisão. “Há anos estamos tentando negociar uma solução, mas nunca conseguimos. Não nos deram outra alternativa”, afirmou Nelson Borges, conselheiro da Saviver.


Sindipetro faz acusações contra a Revap

Acusação
O Sindipetro de São José acusa a Revap, da Petrobrás, de operar parte de sua produção com menos funcionários que o número ideal

Consequência
Segundo o sindicato, a situação teria desencadeado o acidente que espalhou fuligem pelo ar, em residências que ficam no bairro Vista Verde, na zona leste de São José dos Campos.

Suspeita
O Sindicato constatou que mais de 20 funcionários aposentados morreram vítimas de câncer, antes de completar cinco anos de aposentadoria. A entidade irá acionar Fundacentro, que é a única entidade governamental do Brasil que atua em pesquisa científica e tecnológica relacionada à segurança e saúde dos trabalhadores.

Outro lado
A Revap não quis se manifestar.

Segue link da reportagem.



Correção: a matéria identificou equivocadamente o secretário geral do Sindipetro-SJC, Ari de carvalho Pinho, como presidente da entidade, que, na verdade, é exercida por José Ademir.”


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