segunda-feira, 5 de março de 2012

Sindicato do Pará luta na Justiça contra terceirização no Banco da Amazônia (Fonte: Jornal Bancário)

"O Sindicato dos Bancários do Pará moveu ação trabalhista contra o Banco da Amazônia, em Belém. No processo, os bancários questionam o número de trabalhadores terceirizados que integram o quadro funcional do banco em relação ao de concursados.

De acordo com os levantamentos feitos pelo Sindicato, o banco tem a proporção de 4,5 terceirizados para cada concursado, em especial na área de Tecnologia da Informação (TI). "Existe hoje no Banco da Amazônia algo em torno de 357 terceirizados na área de tecnologia, sendo que o Banco conta com 161 funcionários concursados. Além da disparidade absurda em termos de contingente pessoal, a diferença salarial entre os terceirizados e os concursados também é muito preocupante. Os dirigentes do banco valorizam mais os terceirizados, em detrimento dos concursados. Nossa reivindicação é para que novos concursos sejam realizados", ressalta a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

A juíza titular da 15ª Vara do Trabalho de Belém, Paula Soares, a quem foi distribuída a ação, estipulou na audiência ocorrida no dia 27 de fevereiro o prazo até o dia 13 de março para que o Banco da Amazônia apresente os contratos de terceirização, com os respectivos aditivos, sobretudo da área tecnológica. Nesta oportunidade, também determinou que os autos fossem remetidos ao Ministério Público

O departamento jurídico do Sindicato está acompanhando os aditivos de contrato feitos entre o Banco e as empresas terceirizadas. "O Sindicato quer chamar a atenção para o número de terceirizados, e não para a legalidade das licitações. São quase cinco prestadores de serviços para cada funcionário aprovado em concurso, o que faz com que hoje no Banco da Amazônia exista 200 empregados concursados para mais de 800 contratados", destaca o vice-presidente do Sindicato e empregado do quadro de apoio do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.

O diretor do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia na área de TI, Marco Aurélio Vaz, chama a atenção para o fato de que "pelas diferenças salariais que existem hoje no Banco da Amazônia, alguns colegas que foram aprovados em concursos estão pedindo demissão e ingressando nas terceirizadas, passando a ter um ordenado maior. Essa lógica precisa ser combatida, pois o fortalecimento do Banco passa obrigatoriamente pela valorização dos seus empregados".

Por fim, o diretor do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia na GERHU, Cristiano Moreno, afirma que "o Banco deveria não apenas melhorar as remunerações dos seus empregados concursados, mas principalmente rever o Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) que está defasado há quase 20 anos"."

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