quinta-feira, 14 de maio de 2015

Negro ainda é maioria em trabalhos mais precários, afirma Pochmann (Fonte: Rede Brasil Atual)

"São Paulo – O economista e professor Marcio Pochmann, presidente da Fundação Perseu Abramo, analisou hoje (13) em sua coluna na Rádio Brasil Atual a situação do trabalhador negro no mercado de trabalho e na educação. Segundo ele, o país é marcado pela desigualdade e ainda está no começo do caminho para mudar o cenário. “Nós temos uma herança história de um país que se constitui na época da escravidão, tendo marcas consideráveis que exigirão políticas publicas de longo prazo para poder de fato constituir uma sociedade menos desigual.”
Para o economista, a sociedade é divida por critérios de sexo, idade e etnia, já que mulheres, jovens e negros têm remunerações menores do que a média salarial de cargos similares. Contudo, os negros ainda prevalecem a ocupar os postos de trabalhos que são mais simples e precários. Entretanto, está em curso uma alteração positiva, em função de políticas públicas recentes, com o objetivo de criar melhores condições de inserção na educação e mercado de trabalho para a população negra.
“A desigualdade de etnia é muito pequena no setor público, em comparação com o privado. Por exemplo, nós temos em determinadas circunstâncias, que a ocupação ampliou-se para os trabalhadores negros, mas de maneira geral, a baixa escolaridade é uma dificuldade para ter um emprego de melhor qualidade. Porém, quando ele consegue esse bom emprego, não garante a mesma remuneração que o trabalhador branco”, afirma Pochmann..."

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Em 20 anos, fiscalização se consolida e resgata 49 mil de trabalho escravo (Fonte: Rede Brasil Atual)

"São Paulo – A primeira operação do grupo móvel de fiscalização, referente a trabalho escravo, completará 20 anos nesta sexta-feira (15). Era uma equipe com dez pessoas, incluindo o atual procurador-geral do Trabalho, Luís Camargo. Durou quatro dias e percorreu carvoarias em três municípios em Mato Grosso do Sul. Duas décadas depois, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informou que as operações de fiscalização no país resgataram, até agora, 49.353 trabalhadores de condições análogas às de escravidão. Foram inspecionados 4.100 estabelecimentos, em 1.785 operações, que resultaram em 48.720 autos de infração lavrados e R$ 92,6 milhões em indenizações. O grupo móvel atravessou três governos (FHC, Lula e Dilma) e tornou-se política de Estado.
A prática adquiriu outras características nesse tempo. Segundo o chefe da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo do MTE, Alexandre Lyra, as ações – que incluem o Ministério Público do Trabalho (MPT), Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Procuradoria-Geral da República, entre outros órgãos públicos – começaram a ser feitas, basicamente, na área rural. Chegaram ao meio urbano e agora também já ocorreram até em navios e transatlânticos que fazem cruzeiros, que estariam submetendo tripulantes a jornadas consideradas exaustivas.
"As nossas demandas vinham do meio rural. Houve uma mudança nos últimos cinco anos", diz Lyra. Agora, aumentou o campo de atuação, o que exige mais estrutura e conhecimento. E não permite descuidar do meio rural, onde permanece o "estado de alerta", segundo o chefe da fiscalização..."


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Campanha contra trabalho infantil tem apoio de atores (Fonte: MPT)

"Os atores Wagner Moura e Priscila Camargo participam de campanha de combate ao trabalho infantil produzida pelo Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ). A ação faz alusão ao dia 12 de junho – Dia Mundial contra o Trabalho Infantil. A proposta é mobilizar a sociedade brasileira a contribuir para a erradicação dessa prática ilegal. No vídeo, com duração de 30 segundos,os atores lembram que hoje uma em cada 10 crianças no mundo está trabalhando. Só no Brasil, mais de três milhões de crianças e adolescentes exercem alguma atividade laboral, muitas vezes insalubre, perigosa e nas ruas dos grandes centros urbanos. 
Na peça, os atores pedem que os cidadãos se recusem a comprar produtos ou utilizar serviços prestados por crianças e adolescentes. “Faça a sua parte e ajude a acabar de vez com essa prática.” O vídeo também orienta a sociedade a denunciar a exploração do trabalho infantil, por meio do Disque 100 da Secretaria de Direitos Humanos. A iniciativa é resultado de parceria entre várias instituições que integram o protocolo de intenções firmado no Rio de Janeiro para o fortalecimento do Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (Fepeti/RJ), entre elas o MPT-RJ e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT1). A campanha conta ainda com o apoio do Movimento Humanos Direitos (MHUD).
“Parece que estamos falando de uma coisa antiga, mas infelizmente hoje ainda existem crianças forçadas a trabalhar no Brasil e em outras partes do mundo, muitas vezes pelas próprias famílias”, destaca Wagner Moura. Para ele, é fundamental que as campanhas venham acompanhadas de políticas sociais, já que muitas crianças são forçadas a trabalhar para auxiliar na renda doméstica. “É inadmissível que crianças estejam trabalhando, muitas vezes em situação de perigo, insalubridade, abrindo mão de sua infância”, completou..."

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