quarta-feira, 22 de abril de 2015

Pochmann defende agenda do 'trabalho civilizado', com jornada menor (Fonte: Rede Brasil Atual)

"São Paulo – Diante de um cenário de dificuldades no mundo do trabalho, o economista Marcio Pochmann, presidente da Fundação Perseu Abramo, defende "uma nova agenda do trabalho civilizado", com ingresso no mercado apenas depois do curso superior – o que já acontece com "os filhos dos ricos" – e com jornada semanal menor. "Temos uma massa de jovens que são heróis do Brasil, porque trabalham e estudam", afirmou, durante o 20º Congresso Nacional dos Procuradores do Trabalho, encerrado no sábado. Para ele, é possível imaginar a entrada no mercado de trabalho depois dos 22 anos e com jornadas semanais cada vez mais reduzidas.
Hoje, a situação é inversa, conforme ele mesmo observou em sua palestra, com extensão da jornada. "Você sai (do serviço) e leva para casa. Há uma exploração do trabalho, uma apropriação não registrada", diz Pochmann.
Segundo ele, o o atual ambiente econômico "continua constrangendo" a evolução do emprego. Em um quadro de crescimento "medíocre", lembrou, ressurgem as possibilidades de regressão por meio da flexibilização do trabalho. "Se abre uma rodada que se imaginava interrompida..."

MP aponta 84 cargos comissionados ilegais na Sanepar e na Cohapar (Fonte: Gazeta do Povo)

"Contrariando recomendação do Ministério Público (MP), a Sanepar e a Cohapar mantêm ativos 84 cargos comissionados considerados ilegais. Vagas criadas em 2011, primeiro ano do governado Beto Richa (PSDB), sem previsão em lei. Na Sanepar, são 44 cargos comissionados, dos quais 30 ocupados, com salários entre R$ 4,5 mil e R$ 22,9 mil. Já na Cohapar são 40 funcionários, cujos salários não foram divulgados – a empresa se recusou a informar quem ocupa os cargos.
Na Sanepar, o Conselho de Administração da empresa se reuniu em 2011 e criou 30 cargos, nomeados como “consultores estratégicos”. Posteriormente, outros 14 foram incluídos. No entendimento do MP, para que um cargo comissionado em empresa pública exista, é necessário que haja uma lei. Em abril de 2014, o órgão recomendou que as funções fossem extintas, e que o Estatuto Social da empresa, que permite essa manobra, fosse alterado.
A Sanepar, no entanto, não cumpriu a determinação. Hoje, são 30 pessoas lotadas nestes cargos, que recebem juntas, mensalmente, R$ 320 mil em salários. Uma parte considerável desses funcionários tem ligação com o grupo político do governador Beto Richa(veja mais na página 15). Como a recomendação não foi cumprida, o MP ingressou em setembro com uma ação civil pública contra a companhia..."

Íntegra: Gazeta do Povo