quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

RACIONAMENTO? GOVERNO NEGA E APOSTA NA CHUVA (Fonte: Correio Braziliense)

"Os consumidores poderão ser obrigados a devolver uma parte do desconto médio de 20,2% na conta de luz, promessa que a presidente Dilma Rousseff afirma que cumprirá a partir de fevereiro. Segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o fato de o país estar sendo abastecido por energia mais cara, fornecida pelas termelétricas, impactará em até 3% as tarifas ao longo de 2014. Essas usinas estão ligadas a todo vapor para suprir as deficiências das hidrelétricas, cujos reservatórios estão vazios, e evitar um racionamento idêntico ao que ocorreu entre 2001 e 2002, durante a administração de Fernando Henrique Cardoso.
Lobão ressaltou, porém, que o custo adicional de 3% nas contas de luz só será confirmado no pior cenário, de chuvas escassas nos próximos meses. “Por enquanto, não sabemos dizer sequer se haverá esse impacto na tarifa. Esperamos que a atual despesa extra com a geração térmica não seja percebida pelo consumidor”, afirmou ele, logo após o término da esperada reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). “Vamos reduzir as tarifas em todo o país, com a garantia de recursos do Tesouro Nacional”, assinalou.
Esse encontro de cúpula do setor, que, no entender do governo, serviu para reduzir a tensão que impera no setor elétrico, foi usado pelo ministro para reafirmar que não “há a menor possibilidade” de o Brasil enfrentar novo racionamento de energia. Lobão garantiu que a reunião não foi convocada emergencialmente, por ser rotineira e ter sido agendada em dezembro. “Nenhuma medida extra foi discutida ou será adotada para assegurar segurança de abastecimento. Não negligenciamos com o passado e nem com o futuro”, discursou. “A geração nacional (de energia) vai dobrar em 15 anos”, acrescentou.
Apesar da desconfiança dos agentes econômicos, o Operador Nacional do Sistema (ONS) aposta numa melhora do quadro geral do setor energético, com uma evolução favorável da hidrologia a partir do fim de janeiro, o que evitaria a necessidade de manter todas as térmicas funcionando até o fim do ano e anularia os prováveis efeitos negativos sobre as tarifas. O diretor-geral do órgão, Hermes Chipp, estimou que os gastos inesperados no cenário extremo pesariam de 2% a 3% no valor final cobrado dos consumidores..."



Íntegra disponível em: http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2013/1/10/racionamento-governo-nega-e-aposta-na-chuva

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