"Sessão especial da comissão homenageia Dia da Mulher
SÃO PAULO. Gilda foi arrastada pela polícia para fora de casa. Quando entrava na viatura, cruzou o olhar com o atônito Ricardo, seu filho de três anos, que esperava, com uma tia, na fila da matinê do cinema. Grávida de três meses, Maria Angélica foi presa dentro do consultório odontológico onde trabalhava: ela, o dentista, a mulher dele, e até o paciente. A prisão foi feita pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, do Dops, que a xingava de "negra suja e porca".
Militante do movimento estudantil, Maria Nadja passou quatro meses presa no Dops e outros oito na Torre das Donzelas, no presídio Tiradentes, onde foi companheira de cela da presidente Dilma Rousseff. Sua irmã, Maria Niedja, depois de presa, foi vetada em um concurso para professora da USP. Ida, Hilda e Darci também passaram pela tortura e pela prisão na ditadura. Hoje, as histórias destas sete mulheres se encontram em sessão especial da Comissão de Anistia, em São Paulo, que julga seus processos em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado ontem.
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