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quinta-feira, 2 de junho de 2011

“Ibama: Norte Energia terá de investir cerca de R$ 100 mi em unidades de conservação” (Fonte: G1)


“Conforme o Ibama, o consórcio Norte Energia terá de investir cerca de R$ 100 milhões em unidades de conservação na bacia do rio Xingu para compensação ambiental. O Ibama diz ainda que "manterá uma equipe técnica exclusiva para acompanhar a instalação de Belo Monte e avaliar o cumprimento das condicionantes". As condicionantes foram 40 ações e medidas que teriam que ser tomadas para redução dos impactos socioambientais. Foram as condições do Ibama para concessão da licença prévia, que possibilitou o leilão da usina. O instituto também afirmou que a Fundação Nacional do Índio (Funai) acompanhou os programas no que se refere à população indígena antes de o Ibama conceder a licença de instalação. Após a conclusão da obra, o Ibama ainda precisará conceder a licença de operação para que a usina passe, definitivamente, a produzir energia.”



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segunda-feira, 16 de maio de 2011

“Modelo ajuda Belo Monte a sair do papel” (Fonte: O Estado de S. Paulo)

“Autor(es): Evandro Fadel

As discussões sobre licenciamento ambiental para as obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, aproveitando as águas do Rio Xingu, no Pará, ainda não terminaram, mas, a cerca de 3,2 mil quilômetros de distância, o trabalho está acelerado e a previsão é que o rio comece a correr e o terreno destinado ao reservatório seja inundado pelas águas em meados de junho.
Ele é feito por um grupo de funcionários do Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), em Curitiba, que se debruça sobre o modelo que servirá para os estudos hidráulicos de construção da usina. "O principal objetivo é ver como a água vai se comportar naquela obra", disse o professor da Divisão de Hidráulica da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pesquisador do Lactec, André Fabiani.
O trabalho é a base para a construção das ensecadeiras (barragens provisórias para desviar o rio enquanto as obras são realizadas). Mas também permite analisar possíveis consequências ambientais e saber até onde as águas do reservatório podem chegar, antecipando decisões que, do contrário, somente poderiam ser tomadas depois de as obras estarem em andamento.
A parceria para que o Lactec desenvolvesse o projeto foi firmada no ano passado. Este deve ser um dos maiores trabalhos a serem elaborados nos 52 anos do Departamento de Hidráulica e Hidrologia do Lactec. Treze projetos já implementados que enchiam um pavilhão de 3,5 mil metros quadrados foram retirados e nele se reproduz o reservatório e o vertedouro do sítio Pimental, um dos que compõem o complexo. O outro é o sítio de Belo Monte, com a principal casa de força, cuja miniatura será construída em um barracão anexo.
A previsão é que os testes nos modelos de Pimental e de Belo Monte estejam concluídos até o fim do próximo ano. As discussões ambientais travadas no local das obras, que ainda provocam atraso no início, ajudaram os técnicos do Lactec. "Hoje estamos em um ritmo bom de trabalho, vamos fazer os estudos antes de eles (construtores) entrarem no rio", afirmou Fabiani. A expectativa dos construtores é que as obras tenham início até novembro. Após isso começa a cheia na bacia do Xingu, que se encerra somente em maio.
Meticuloso. O trabalho é meticuloso e manual. Munidos de plantas aéreas que reproduzem o leito do Rio Xingu, os contornos de suas margens e as montanhas que o cercam, os funcionários vão colocando placas de madeira cortadas que dão forma ao ambiente. Uma cobertura de cimento vai desenhando o terreno e delineando uma espécie de S que o Xingu faz naquele local. O leito do rio é facilmente observável. Ali a água começará a correr em alguns meses. Logo depois, os técnicos fecharão as minicomportas e começará a inundação.
"A nós interessa a velocidade da água", disse Fabiani. É ela que determinará a forma, a altura e o tipo de pedra a ser colocada na ensecadeira para o desvio do rio, garantindo que o local das obras do reservatório fique totalmente seco. "Na natureza, há uma curva e pode concentrar a vazão em um ou outro lado." Segundo ele, apesar do tamanho reduzido em 110 vezes, o rio precisa correr no modelo da mesma forma que desliza onde nasceu. "Temos de projetar as cheias, as vazões e a seca." Afinal, a previsão é que a construção conviva com toda a sazonalidade da natureza. "A água é muito teimosa", destacou o pesquisador.
Também são previstas, no modelo, possíveis consequências ambientais que podem vir do projeto da usina. "Só a economia com a alteração possibilitada por este estudo aqui já pagou todo o nosso trabalho." O contrato do Lactec com o consórcio Norte Energia é de cerca de R$ 6,8 milhões.”


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quarta-feira, 20 de abril de 2011

“Com atraso, Belo Monte inicia obras” (Fonte: Valor Econômico)


“Autor(es): André Borges | De Brasília

Em duas semanas, terão início as primeiras ações para a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. A expectativa da empresa Norte Energia, sociedade responsável pela construção e operação da usina, é mobilizar os primeiros mil funcionários da obra até o fim de maio, prazo também estimado pelos executivos para receber a licença de instalação do projeto, que será concedida pelo Ibama. Até agora, o licenciamento ambiental só liberou a construção do canteiro de obras de Belo Monte. Até dezembro, a Norte Energia quer ter cerca de sete mil funcionários trabalhando nas margens do rio Xingu.
O diretor de relações institucionais do consórcio Norte Energia, João Pimentel, diz que a empresa poderia ter iniciado as primeiras ações em janeiro, quando o Ibama liberou a construção dos canteiros, mas as chuvas impediram qualquer avanço. A partir de maio, com o início do período seco - que se estende até dezembro - a ideia é ganhar tempo.
Serão as primeiras ações práticas desde que a Norte Energia venceu o leilão para construção da usina, realizado há exatamente um ano. De lá para cá, sem ter cravado uma enxada no chão, a Norte Energia já teve de desembolsar R$ 287 milhões. Desse total, R$ 17 milhões foram gastos com operações administrativas em Brasília, onde fica a sede da empresa. Cerca de R$ 270 milhões foram aplicados em operações paralelas ao projeto. Esse dinheiro saiu do caixa dos próprios sócios, já que até agora não foi liberado o acesso a financiamento por meio do BNDES.
Boa parte desses recursos, diz João Pimentel, está atrelado ao cumprimento das exigências sócio-ambientais feitas pelo Ibama para liberação da licença prévia da hidrelétrica. Apesar das frequentes queixas do Ministério Público Federal em relação ao não cumprimento das condicionantes e da apreensão dos prefeitos dos 11 municípios que serão impactados pela hidrelétrica, Pimentel afirma que a companhia já atendeu a maior parte das demandas. "Já atacamos, em alguma medida, as 40 condicionantes. Dessas, 30 já estão concluídas ou próximas disso. As outras dez obras dependem de outras ações ligadas aos municípios ou ao Estado. Hoje temos R$ 19 milhões de obras contratadas para atender essas condicionantes", diz. Mas o pacote total de compromissos sócio-ambientais de Belo Monte é de R$ 3,7 bilhões.
Apesar do atraso no início das obras - a expectativa era ter começado a construção em novembro -, Pimentel afirma que nada foi alterado do cronograma original. "Continuamos a trabalhar com o prazo de ter ligada a primeira turbina em 15 de fevereiro de 2015 e a última entrando em operação em fevereiro de 2019."
Se o prazo não mudou, o mesmo não se pode dizer sobre as condições de trabalho ligadas à construção da usina. Depois das ações de vandalismo e paralisação ocorridas nas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira, em Rondônia, as empreiteiras responsáveis por Belo Monte trataram de reorganizar os planos para tocar as obras no Pará. Segundo Pimentel, os alojamentos dos funcionários, por exemplo, serão de alvenaria, e não de madeira. O número de banheiros inicialmente previsto também foi ampliado, além de computadores com acesso à internet espalhados pelos alojamentos. Para evitar a migração de outros Estados para a região do Xingu, a empresa tem procurado treinar pessoas da região. Segundo Pimentel, já são 11 mil cadastrados para passar por cursos de qualificação, dos quais 160 são de outras regiões.
Sobre os desdobramentos feitos no início do mês pela Organização dos Estados Americanos, que pediu a paralisação de Belo Monte, Pimentel afirma que tem aprovação da Funai e que todas as reivindicações indígenas foram atendidas. Resolvidos os impasses socioambientais, resta à Norte Energia consolidar sua estrutura societária. A entrada da Vale no lugar do grupo Bertin - que detém participação de 9% no consórcio - é dada como certa, mas dependeria do início efetivo das obras. O consórcio também terá que substituir a Mendes Junior, que tem 1,25%. As outras pequenas e médias construtoras também devem deixar o projeto como investidoras.”


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quinta-feira, 3 de março de 2011

“Andrade negocia para entrar em Belo Monte” (Fonte: Valor Econômico)


Autor(es): Josette Goulart | De São Paulo

As oito construtoras de pequeno e médio porte que juntas detém uma participação de 12,5% da concessionária Norte Energia - dona da concessão da usina hidrelétrica de Belo Monte - devem deixar a sociedade e o novo potencial acionista é a Andrade Gutierrez. Se a empresa for confirmada, a nova sociedade vai acabar muito parecida com aquela que perdeu o leilão no ano passado, já que estão avançadas as negociações com a Vale para assumir o posto de autoprodutor do empreendimento no lugar da Gaia Energia, empresa do grupo Bertin.
O presidente do conselho de administração do Norte Energia e diretor da Eletrobras, Valter Cardeal, confirmou a informação de que as construtoras devem deixar a sociedade em um processo natural que acontece no setor. Em geral, as construtoras detém pequena participação nos empreendimentos hidrelétricos na fase de licitação e depois deixam o papel de sócias e assumem apenas a construção. A Andrade Gutierrez é hoje a líder do consórcio construtor de Belo Monte. Mas não será a construtora a entrar na sociedade e sim a AG Participações.
Essa negociação, entretanto, ainda passa pela possibilidade de os atuais sócios exercerem seu direito de preferência na operação. A Neoenergia e o fundo de pensão Petros foram consultados e não informaram se tinham interesse nesse direito de ter essas participações. A Eletrobras, segundo Cardeal, certamente não exercerá esse direito. A ideia é tentar reforçar o empreendimento com um investimento privado. O grupo Eletrobras possui hoje pouco menos que 50% da operação e tem grande ingerência nas decisões.
As construtoras que devem deixar a sociedade são: Queiroz Galvão, OAS, Contern (grupo Bertin), Cetenco, Galvão Engenharia, Mendes Junior, Serveng e J. Malucelli Construtora. Destas, somente a Mendes Junior não faz parte do consórcio construtor. A empresa tem pendências judiciais com o Banco do Brasil, que vai financiar boa parte do projeto, e a construtora já havia anunciado sua saída no ano passado. A Contern também deve deixar a sociedade, apesar de ter anunciado que ficaria como construtora quando confirmou a saída da Gaia, que era a autoprodutora.
O acordo de acionistas de Belo Monte prevê que essas construtoras, ao deixar a sociedade, serão apenas ressarcidas com o capital que eventualmente já tenham aportado ao empreendimento. Hoje a usina está parada em função de uma liminar da Justiça federal do Pará que suspendeu a licença ambiental parcial concedida para o início do canteiro de obras. Essa situação é muito parecida com a usina de Jirau, no rio Madeira. A hidrelétrica também teve uma licença parcial para iniciar as obras e enfrentou vários questionamentos na Justiça.
Apesar de a licença já ter sido expedida há cerca de um mês, nenhum movimento antes da liminar havia sido iniciado no canteiro de obras em função da demora para a assinatura do contrato com as construtoras. As três grandes, Andrade, Camargo Corrêa e Odebrecht, não queriam aceitar serem responsáveis solidariamente pela obra junto com as outras sete construtoras que ainda são sócias de Belo Monte. Depois de muita discussão, e com o pulso do governo federal, o contrato foi fechado. As dez construtoras vão formar uma sociedade de propósito específico onde será aportado capital por cada uma das construtoras e que será usado para compra de cerca de 60% do equipamento a ser usado na obra.”


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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

"Consórcio de Belo Monte assina contrato de R$ 3,6 bi" (Fonte: Valor Econômico)

"O consórcio Norte Energia, dono da concessão da usina hidrelétrica de Belo Monte, assinou ontem um contrato de fornecimento de equipamentos de R$ 3,6 bilhões com as empresas Alstom, Voith e Andritz. Esse é um dos primeiros contratos fechados desde que o grupo venceu a licitação há quase um ano. Agora negocia os acertos finais para fechar com o consórcio construtor, que será liderado pela Andrade Gutierrez, e cujo valor se aproxima de R$ 15 bilhões.
A empresa também vai ter fornecimento de turbinas pela empresa argentina Impsa, que tem fábrica em Pernambuco, e o contrato soma R$ 816 milhões. De acordo com as informações repassadas pelo Norte Energia ao BNDES, o total dos contratos de equipamentos soma cerca de R$ 4,5 bilhões. É um valor próximo aos contratos de equipamentos da usina de Santo Antônio, que encomendou equipamentos no valor de R$ 4 bilhões, ou mesmo de Jirau.
Apesar da grande diferença de tamanho das duas usinas - Santo Antônio tem capacidade de gerar menos de 3.500 MW e Belo Monte terá 11.233 MW de capacidade - os valores dos contratos de equipamentos são muito próximos em função do tipo de turbina usada em um e outro empreendimento. O vice-presidente de energia da Alstom, Marcos Costa, explica que o custo varia em função do peso das turbinas que depende da queda da hidrelétrica. As usinas de Jirau e Santo Antônio vão usar turbinas do tipo bulbo, próprias para hidrelétricas com pequena queda de rio. Já a de Belo Monte usa turbinas Francis, que têm queda quase sete vezes maior.
Só o contrato da Alstom, que lidera o consórcio ELM, chegará a R$ 1,35 bilhão ou R$ 1,1 bilhão, se considerado líquido de impostos. A empresa francesa, que tem fábrica em Taubaté, no interior de São Paulo, fornecerá sete das 18 turbinas Francis necessárias em Belo Monte. Apesar de ser um contrato significativo ele é menor do que os fechados com as usinas do rio Madeira, que hoje ajudam a tomar 80% da capacidade instalada da fábrica.
Para Belo Monte, os equipamentos começam a ser produzidos justamente quando terminam os das usinas do Madeira. Pelo contrato assinado ontem com o Norte Energia, as turbinas do sítio Pimental (o projeto de Belo Monte prevê duas barragens com turbinas) devem começar a gerar a partir de 2015. Os primeiros equipamentos, entretanto, já devem chegar a partir de meados do próximo ano.
De acordo com documento do BNDES enviado ao Ministério Público Federal do Pará, o índice de nacionalização ficará próximo a 85%. De acordo com Costa, a Alstom terá 90% dos equipamentos produzidos no Brasil. O índice de nacionalização é importante para garantir o financiamento do banco que criou condições especiais para Belo Monte, com juros de 5% ao ano. "Para sermos competitivos com a indústria internacional precisamos impreterivelmente desse apoio do BNDES", diz Costa.
Para o fornecimento de equipamentos em Belo Monte, japoneses, chineses e russos estavam na competição e apresentavam propostas de financiamentos internacionais. Os custos com equipamentos e montagem vão representar cerca de 20% do investimento total em Belo Monte. Os donos da usina ainda precisam assinar um contrato previsto de R$ 805 milhões para montagem dos equipamentos."
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