quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Seminário discute assédio moral no trabalho (Fonte: MPT-RS)

"Evento ocorreu em Caxias do Sul e abordou o impacto nas relações entre trabalhadores e empregadores
Caxias do Sul – Representantes dos trabalhadores, empregadores e autoridades participaram do I Seminário da Serra Gaúcha Sobre Assédio Moral no Trabalho. O evento, coordenado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), foi realizado no auditório do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região nos dias 28 e 29 de novembro e reuniu cerca de 100 pessoas na abertura e mais de 450 no segundo dia. 
Na solenidade de abertura, o gerente regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Vânius João de Araújo Corte, ressaltou o planejamento do evento. No início, o seminário envolvia apenas os sindicatos dos trabalhadores e o Ministério Público do Trabalho (MPT) e, posteriormente, obteve a adesão dos sindicatos patronais. “O impacto do assédio nas relações de trabalho deve ser amplamente discutido e é de extrema importância este envolvimento entre trabalhadores e empregadores”, afirmou.
As novas técnicas de gestão e produtividade foram destacadas pelo procurador-chefe do MPT no Rio Grande do Sul, Fabiano Holz Beserra. “Sabemos que o assédio interpessoal é recorrente, porém, precisamos estar atentos ao assédio organizacional, que é um método de gerenciar conduzido pelo stress, metas e lucro. Existe muita diferença entre as técnicas motivacionais e formas de obtenção de resultado”, comparou.
Segundo dia – Com mediação do procurador do Trabalho Ricardo Garcia, a última mesa encerrou com encaminhamentos para o próximo encontro, que deverá ocorrer em janeiro na reunião do Fórum Permanente de Saúde e Segurança no Trabalho (SST). 
Entre as propostas de políticas tripartite de prevenção e contenção ao assédio moral surgidas no debate, estão a criação de manual de boas práticas no ambiente de trabalho. Treinamentos, construção de novo perfil das chefias e lideranças, mais respeito na organização do serviço público e ações de humanização nas empresas também foram soluções apontadas no evento.
Para o procurador, o seminário tornou visível um problema sério, que existe, estava invisível e desencadeou um processo tripartite para reverter o quadro. “Não é um processo fácil, pois as visões de empregados e empregadores são diversas e não raro antagônicas. Muito grave a situação dos servidores públicos, pois o quadro de adoecimentos e morte decorrentes do assedio laboral não sensibiliza os administradores públicos federais, estaduais e municipais, dos três poderes. Se o assédio laboral na iniciativa privada pode ter interlocutores capazes de superar as diferenças, no serviço público esse diálogo não se estabeleceu ainda”, analisou.
O seminário contou também com representantes de diversas entidades e foi promovido pelo Fórum Permanente de Saúde e Segurança no Trabalho (SST) de Caxias do Sul, criado em 19 de junho. A organização foi dos sindicatos dos trabalhadores e patronais com apoio do MTE, da Justiça do Trabalho, do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest/Serra), da Prefeitura Municipal e da Universidade de Caxias do Sul (UCS)."

Fonte: MPT-RS

Nenhum comentário:

Postar um comentário