domingo, 25 de novembro de 2012

Indústria aposta em desoneração (Fonte: Correio Braziliense)


"As indústrias estão divididas sobre qual a melhor base tributária para a contribuição patronal ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de acordo com sondagem divulgada ontem pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI). As empresas com contingente expressivo de mão de obra preferem que o critério seja o faturamento, enquanto os setores intensivos de capital optariam pelo sistema atual, que tem como base a folha de pagamento.
Desde agosto vigoram no país as duas formas, mas elas não são optativas. O governo é que determina quais as atividades econômicas são enquadradas nas novas regras, 25 setores foram incluídos, como calçados e vestuário. Eles deixaram de pagar 20% de contribuição previdenciária sobre os salários e passaram a recolher entre 1% e 2% sobre o faturamento bruto.
Para o gerente executivo de política econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, a falta de consenso sobre o assunto é resultado das incertezas que ainda persistem no novo regime, principalmente devido à temporalidade, pois as novas regras só devem valer até 31 de dezembro de 2014, o que traz insegurança principalmente para as pequenas empresas, que terão de mudar a fórmula de cálculo atual, ampliando custos administrativos, sem a certeza de que a desoneração irá alavancar seus negócios.
Segundo ele, no entanto, a expectativa das grandes empresas, é predominantemente positiva, já que a desoneração diminui custos de produção e aumenta a competitividade do produto brasileiro frente aos importados. Essa visão foi compartilhada por 68% dos industriais de transformação e extrativa. Eles acreditam que a medida contribuirá para a retomada da economia.
A sondagem mostra ainda que setores não beneficiados com a desoneração da folha de pagamentos gostariam de ser incluídos na relação do governo, entre os quais a construção civil, cuja folha de pagamentos ultrapassa a linha dos 50%. Nas indústrias de transformação e extrativa, 39% das empresas não contempladas também reivindicam o mesmo direito.
Entretanto, para a CNI, só a desoneração não será suficiente para o aquecimento do setor industrial. Flávio Castelo Branco destaca que ainda é necessário corrigir distorções importantes como juros bem mais altos do que os cobrados no exterior, problemas de logística, burocracia e dificuldades para licenciamento ambiental."

Extraído de http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/11/23/industria-aposta-em-desoneracao

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