"Após três tentativas frustradas ao longo dos últimos seis anos, a Oi concluiu ontem a reestruturação societária da operadora graças à aprovação das mudanças pela maioria dos acionistas de três companhias diferentes — Tele Norte Leste, Telemar e Brasil Telecom. Com isso, as sete diferentes ações do grupo negociadas nas bolsas de São Paulo (BM&FBovespa) e Nova York (Nyse) serão agrupadas em apenas duas, ordinária (ON) e preferencial (PN), da futura Oi S/A, nova denominação da Brasil Telecom S/A. A reestruturação prevê ainda a incorporação da Coari e da Tele Norte Leste Participações pela Oi S/A.
"A decisão dos sócios é um marco histórico, que trará simplificação operacional, valorização dos papéis e capacidade extra de buscar recursos no mercado", disse o presidente da Oi, Francisco Valim. A notícia fez as ações do grupo dispararem acima de 1% e fecharem em direções opostas: queda de 0,33% (Brasil Telecom ON) e alta de 1,66% (Telemar ON).
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) havia dado o sinal verde para a reorganização acionária na última quinta-feira, mas não foi possível confirmá-la no dia seguinte. Alguns sócios minoritários reclamavam da proposta por considerá-la lesiva aos direitos de retirada, com preço das ações abaixo do valor real e, sobretudo, uma relação de troca desfavorável. Com a proposta aprovada ontem, serão emitidas 395 milhões de ações ON e 798 milhões de ações PN da Oi S/A. Ao fim, o capital acionário da nova empresa será de R$ 6,81 bilhões, dividido em 599 milhões de papéis ON e 1,19 bilhão de PN, todas nominativas e sem valor nominal. Em 9 de abril, estreiam os papéis OIBR3 (ON) e OIBR4 (PN).
Retirada
O diretor financeiro da Oi, Alex Zornig, informou que os acionistas minoritários que não quiserem aderir ao novo formato da empresa poderão exercer seu direito de ressarcimento no período de 29 de fevereiro a 29 de março. As ações continuarão sendo negociadas durante a fase de transição. Segundo Zornig, a companhia considera como pior cenário um abandono de 90% dos acionistas não controladores, reservando-lhes R$ 3,5 bilhões. O executivo ressalta, contudo, que a valorização dos papéis e a melhor avaliação de analistas da nova estrutura poderá estimular a permanência no capital.
O diretor financeiro da Oi, Alex Zornig, informou que os acionistas minoritários que não quiserem aderir ao novo formato da empresa poderão exercer seu direito de ressarcimento no período de 29 de fevereiro a 29 de março. As ações continuarão sendo negociadas durante a fase de transição. Segundo Zornig, a companhia considera como pior cenário um abandono de 90% dos acionistas não controladores, reservando-lhes R$ 3,5 bilhões. O executivo ressalta, contudo, que a valorização dos papéis e a melhor avaliação de analistas da nova estrutura poderá estimular a permanência no capital.
"O primeiro resultado da reorganização societária será uma economia anual de R$ 100 milhões graças às sinergias administrativas e financeiras obtidas entre as empresas, eliminando gastos com conselhos de administração e honorários de auditores, entre outras sobreposições", disse Zornig.
Segundo Valim, a mudança, além de "simplificar de forma definitiva a estrutura societária e de governança das companhias", deverá representar novo fôlego para os investimentos em infraestrutura. "Agora ficou evidente que somos a operadora de maior cobertura do país, com potencial de crescimento na telefonia móvel e celular, na internet e na TV por assinatura", ressaltou.
Só no Brasil
A futura Oi S/A vai priorizar o mercado brasileiro e não tem pretensões de disputar negócios no exterior, informou ontem o presidente da companhia, Francisco Valim. A mudança atual, segundo ele, já é suficientemente radical para os negócios "em um país de grande concorrência como o Brasil", não restando "nada mais a colocar no radar" por enquanto. O próximo passo será apresentar um detalhado plano de investimentos da nova configuração organizacional em abril. Apesar do anúncio da reorganização societária, a agência de risco Standard&Poor"s manteve inalterada a avaliação do grupo."
A futura Oi S/A vai priorizar o mercado brasileiro e não tem pretensões de disputar negócios no exterior, informou ontem o presidente da companhia, Francisco Valim. A mudança atual, segundo ele, já é suficientemente radical para os negócios "em um país de grande concorrência como o Brasil", não restando "nada mais a colocar no radar" por enquanto. O próximo passo será apresentar um detalhado plano de investimentos da nova configuração organizacional em abril. Apesar do anúncio da reorganização societária, a agência de risco Standard&Poor"s manteve inalterada a avaliação do grupo."
Nenhum comentário:
Postar um comentário