sexta-feira, 12 de abril de 2013

Ministro diz que não há dinheiro para custear desaposentadoria (Fonte: O Globo)

"Governo está decidido a barrar projeto de Paim aprovado no Senado
BRASÍLIA e SÃO PAULO O ministro da Previdência, Garibaldi Alves, disse ontem que foi surpreendido com a aprovação do projeto do senador Paulo Paim (PT-RS) permitindo a chamada desaposentadoria do trabalhador e alertou que a Previdência não tem condições de arcar com novas despesas, seja um impacto de R$ 70 bilhões ou de R$ 7 bilhões. Ele afirmou que o governo está preocupado com a questão em duas frentes: no Congresso e, principalmente, no Supremo Tribunal Federal (STF), que pode tomar uma decisão mais ampla ainda do que a prevista no projeto de Paim.
O ministro pediu um estudo específico sobre a proposta de Paim, que seria um pouco menos onerosa do que o impacto previsto no caso do Supremo, que é de R$ 70 bilhões. Como ex-presidente do Senado, Garibaldi disse que não foi avisado da votação e brincou que "aquele que vira ministro da Previdência sabe que o senador Paim é mui amigo".
- Não há possibilidade de se pagar. Nem R$ 70 bilhões, nem R$ 7 bilhões. A situação da Previdência já é uma situação preocupante. O governo não pode arcar. Na verdade, esse impacto de R$ 70 bilhões nasceu de um estudo sobre a repercussão da decisão que poderá ser tomada pelo STF sobre a desaposentação - disse o ministro ao GLOBO, referindo-se a ações de trabalhadores já atendidas pelo Supremo. - Já estávamos muito preocupados com a decisão do Supremo e fomos surpreendidos agora com a decisão do Senado. Há uma diferença entre as duas propostas, no sentido de que a tendência do Supremo é mais liberal, levaria em conta todo o período para o cálculo da aposentadoria. Já a proposta do Paim prevê uma renúncia (abrir mão da primeira aposentadoria para pedir o recálculo) e isso pode trazer um novo cálculo do impacto..."

Íntegra: O Globo

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