"Milhões de trabalhadores da Índia apoiaram na última terça-feira (28), uma jornada de greve geral que paralisou os setores estratégicos do país. A adesão maciça de setores como o financeiro, o metalúrgico, o de transportes, das telecomunicações, da mineração, da indústria manufatureira, dos serviços portuários e postais comprovaram o sucesso de uma jornada de luta que as forças sociais, políticas e sindicais do país celebraram como uma das mais importantes desde a sua independência, em 1947.
As reivindicações contra o aumento de preços, a favor do fim da terceirização, da universalização do salário mínimo, de uma segurança social universal, da aplicação das leis trabalhistas básicas, a igualdade retributiva para as contratações temporárias e indefinidas ou o registro de todas as centrais sindicais num prazo de 45 dias, serviram para articular uma aposta em comum das onze centrais sindicais do país e das mais de cinco mil centrais setoriais, no que qualificam desde o próprio sindicalismo classista como “data histórica para a unidade sindical”.
Apesar da forte repressão policial e política, que já é habitual especialmente no estado de Bengala Ocidental, onde em 22 de fevereiro foram assassinados a machadadas dois líderes sindicais da CITU, e apesar das reiteradas ameaças do Primeiro-ministro à classe trabalhadora com o objetivo de conseguir a suspensão da greve, a dignidade operária demonstrada na rua pelos trabalhadores tanto a região como do conjunto do estado indiano forma já parte da história da sua classe trabalhadora, num momento no que o monólogo neoliberal distrai um capital que se sente forte para levar a ruína a todos os povos trabalhadores do mundo."
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