terça-feira, 11 de março de 2014

Exposição involuntária da Copel preocupa, diz Deutsche Bank (Fonte: Jornal da Energia)

"Em relatório divulgado nesta segunda-feira, o Deutsche Bank aponta que a Copel é a distribuidora com maior exposição involuntária de seu universo de cobertura, com 13%.
Segundo o banco alemão, a situação da companhia preocupa, já que a companhia terá que utilizar seu capital para cobrir o rombo até o próximo reajuste tarifário, previsto para acontecer em junho.
O relatório aponta ainda uma certa preocupação com uma eventual interferência do Governo do Paraná, acionista majoritário da companhia, no repasse aos consumidores do reajuste tarifário.
A Light, com 5,5% de exposição e reajuste em novembro, e a Cemig, com 4% e reajuste em abril, também aparecem no ranking do Deutsche Bank. As duas empresas, porém, devem conseguir absorver esse custo extra.
Rombo
O banco alemão aponta que a utilização de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para salvar as distribuidoras não foi nenhuma novidade. Na última sexta-feira (07/03), foi aprovado a antecipação de R$1,2 bilhão do Tesouro para cobrir o rombo das empresas. "O uso de subsídios ajuda a controlar a inflação, já que os recursos só terão que ser repostos pelas empresas em um prazo de cinco anos", diz o relatório, que aponta que a não utilização de recursos do governo trarão um impacto indesejado à inflação, já que o rombo terá que ser compensado por meio de reajustes na tarifa de energia elétrica.
A grande preocupação do Deutsche Bank, porém, está com a exposição financeira do período de dezembro a fevereiro, período em que os preços médios do mercado spot saltaram de R$374/MWh para o teto estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de R$823,22/MWh. A expectativa média de preços para o mercado de curto prazo para 2014 é de R$400/MWh."

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