segunda-feira, 4 de março de 2013

APÓS DOIS ANOS, DILMA BUSCA APOIO DE SINDICATOS (Fonte: O Estado de S.Paulo)


"A presidente Dilma Rousseff, virtual candidata à reeleição, decidiu seguir o conselho do ex-presidente Lula e tentar se reaproximar das centrais sindicais. Nos últimos dois anos, ela delegou os contatos ao secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e os sindicatos se queixavam de falta de espaço no governo. Na semana passada, Dilma recebeu os presidentes da CUT e da UGT. Ela também determinou aos ministros que analisem as reivindicações dos trabalhadores e verifiquem quais podem ser atendidas a curto prazo. Outro possível candidato à Presidência em 2014, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), também tenta se aproximar dos sindicatos. Hoje, ele deve receber a direção da Força Sindical.
Na busca de aliados. Depois de ver relação com centrais estremecida por causa de embates durante greves, presidente segue conselho de Lula, recebe grupos organizados no Planalto e deve anunciar pacote de bondades até o Dia do Trabalho, em 1º de maio
A presidente Dilma Rousseff seguiu o conselho de seu antecessor e padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva, e iniciou um processo de reaproximação com as centrais sindicais. A agenda presidencial evidencia a nova estratégia: após dois anos sem muito espaço para reuniões com sindicalistas, Dilma tem tido agora uma série de encontros do gênero. Só na semana passada, recebeu dois presidente de centrais sindicais – Vagner Freitas, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), e Ricardo Patah, da União Geral dos Trabalhadores (UGT).Nodia12eladevepartici- par da inauguração da nova sede do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, filiado à UGT e representante de um setor com cerca de 400 mil trabalhadores. A data foi acertada diretamente entre o Planalto e os organizadores. Também não está descartada a possibilidade de, amanhã, ao término da 7.ª Marcha das Centrais Sindicais, em Brasília, Dilma receber os sindicalistas no Planalto. Até ontem a agenda presidencial não registrava o compromisso, mas os sindicalistas não descartavam a hipóteses do encontro. Em outros anos, Dilma sempre preferiu delegar missões desse tipo ao secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Por causa disso, eram quase invariáveis nas centrais as críticas ao seu estilo. Nos confrontos entre o governo e os funcionários públicos, na greve que estes realizaram em meados do ano passado, eram comuns as comparações entre a presidente e Lula – todas sempre desfavoráveis a ela. O esforço de aproximação do Planalto com as centrais deve ir além de cumprimentos e reuniões. Paralelamente, o Planalto está reunindo ministros de diferentes áreas para analisar as principais reivindicações dos trabalhadores e verificar quais podem ser atendidas a curto prazo. De acordo com alguns líderes sindicais, o governo corre para fazer o anúncio de alguma “boa novidade ”até o Dia do Trabalho, comemorado em 1.º de maio..."

Fonte: O Estado de S.Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário