quinta-feira, 7 de março de 2013

Acordos salariais estão mais difíceis e pagam aumento real menor (Fonte: Valor)


"As negociações salariais de janeiro e fevereiro prenunciam um ano de reajustes mais modestos para os trabalhadores. De um lado, o empresariado, reticente diante do desempenho fraco da economia em 2012 e do ritmo de retomada ainda incerto neste ano, não tem se mostrado disposto a aumentar os salários como nos anos anteriores. A inflação em alta, por outro lado, tem ajudado a corroer os ganhos reais pleiteados pelas categorias. Em janeiro de 2012, o INPC acumulado nos 12 meses anteriores era de 5,63%. No mesmo período deste ano, o percentual ficou um ponto maior - 6,63%. Poucas categorias representativas têm data-base no primeiro bimestre.
Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese), ressalva que a dificuldade em negociar os reajustes anuais com os sindicatos patronais deve variar entre os setores. "A indústria teve um ano complicado, por isso, enfrentará pleitos mais difíceis". Construção, comércio e serviços, com performance melhor, têm margem maior para negociar. O ponto crítico no curto prazo, reitera, é a inflação relativamente alta, que compromete o ganho real dos aumentos.
Depois de reivindicar 10,51% de reajuste, o Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo (Sindpd) fechou as negociações salariais no fim do mês de janeiro com correção de 7%. O resultado representa um ganho real de 0,8% ante o INPC acumulado nos 12 meses anteriores a dezembro, 0,6 ponto percentual menos do que o registrado em 2012. Os pisos salariais dos quatro setores representados - office boy (R$ 755), administrativo (R$ 840), digitador (R$ 1.055) e técnico (R$ 1.170) - cresceram entre 8,1% e 9,4% neste ano..."

Fonte: Valor

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