terça-feira, 21 de agosto de 2012

Bancários garantem avanço nas negociações sobre saúde (Fonte: Bancários de Pernambuco)

"As negociações com os bancos na manhã desta quarta-feira, dia 15, renderam um importante avanço nas reivindicações de saúde dos bancários. A Fenaban aceitou manter os salários dos funcionários afastados que aguardam perícia médica até que seja regularizada a situação com o INSS. 
A discussão havia sido iniciada na primeira rodada, realizada nos dias 7 e 8, quando os bancos se negaram a discutir o fim das metas abusivas que estão adoecendo os bancários em todo país. Os debates foram retomados nesta quarta-feira, mas a reunião acabou suspensa por conta do falecimento do ex-dirigente sindical Manoel Castaño Blanco, o Manolo.
Segundo a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, que representa os bancários de Pernambuco nas negociações, a manutenção dos salários dos bancários afastados por problemas de saúde é um importante avanço. “Hoje, muitos trabalhadores nesta situação acabam passando por uma grave situação financeira por causa da brusca redução no salário”, comenta Jaqueline.
As negociações serão retomadas na próxima terça-feira, dia 21, às 10h, em São Paulo. Estarão em pauta segurança bancária, igualdade de oportunidades e remuneração.
Remuneração para afastados - Desde 2005, o movimento sindical vem recebendo inúmeras denúncias de casos em que o trabalhador recebe a alta programada do INSS, mas acaba sendo considerado inapto no exame de retorno ao trabalho realizado pelos bancos e aí fica "no limbo", sem benefício e sem salário.
Os negociadores da Fenaban reconheceram que há problemas e assumiram o compromisso de manter os salários dos afastados que aguardam perícia médica, o que é um avanço. Além disso, eles concordaram em trabalhar juntamente com o INSS para agilizar a realização das perícias e resolver os transtornos causados pela alta programada.
Pausa de 10 minutos para caixas - Também foi discutida a proposta dos bancários de garantir o intervalo de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados nos casos de serviços que exijam movimentos repetitivos, como os caixas e as funções que exijam cálculo, contagem de dinheiro e leitura digital de documentos, garantindo que não ocorra aumento da jornada trabalhada.
Os bancos, no entanto, não aceitaram a implantação da pausa reivindicada para os caixas. Eles alegaram que o intervalo só se justifica na digitação e call center, em razão da concentração e dos esforços repetitivos. No entanto, os bancos manifestaram disposição de fazer após a Campanha Nacional um análise técnica na Mesa Temática de Saúde do Trabalhador sobre as funções que são mais afetadas pela LER/Dort e buscar soluções.
Comissão - O Comando Nacional defendeu a permanência da remuneração dos afastados após o retorno ao trabalho, de modo que não tenham redução salarial nem perda de função comissionada. Afinal, o bancário ficou afastado não por vontade própria mas porque foi acometido de doença do trabalho. Assim, quem adoeceu não pode ser punido com a perda da função ao retornar ao trabalho. Os bancos, porém, não aceitaram a reivindicação, alegando que se o funcionário mudou de função não pode continuar comissionado.
Os dirigentes sindicais reivindicaram também que o bancário tenha o direito de fazer consulta médica durante o horário de trabalho, quando for preciso. Os bancos se negaram a garantir isso na convenção coletiva."

Nenhum comentário:

Postar um comentário