segunda-feira, 30 de julho de 2012

Energia como política industrial (Fonte: O Estado de S. Paulo)

"Diante da perda de competitividade da indústria brasileira, diversas medidas de estímulo à economia têm sido anunciadas. Todas elas buscam evitar que o PIB brasileiro pare de crescer e são bem-vindas, mas até agora tinham características de apenas incentivar o consumo sem alcance no longo prazo. Com a sinalização de que a questão energética será finalmente contemplada, o governo aciona uma das alavancas estruturais do desenvolvimento.
A indústria vê com otimismo a perspectiva de que, em breve, a energia elétrica será desonerada. Isso indica o reconhecimento de que, muito mais do que um problema da sua própria cadeia produtiva, a energia é assunto de interesse estratégico nacional, capaz de provocar investimentos em competitividade e inovação. Serão medidas históricas, que fazem com que o País comece a reverter um processo que, ao longo de décadas, comprometeu o potencial energético como diferencial competitivo do País.
A energia está presente em todos os nichos econômicos, em qualquer relação de consumo e é peça-chave para o desenvolvimento nacional. É ela que faz o País produzir e se desenvolver. As famílias brasileiras consomem duas vezes mais eletricidade embutida nos bens e serviços do que em suas residências, por meio das contas de luz. Tomemos como exemplo o caso dos sapatos. A produção dos insumos usados na sua fabricação demanda oito vezes mais eletricidade do que a sua confecção propriamente dita. A situação é mais significativa na construção civil: são consumidas 47 vezes mais energia indiretamente do que nas atividades nas obras..."

Íntegra disponível em http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,energia-como-politica-industrial-,906927,0.htm

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