terça-feira, 29 de maio de 2012

Cemig diz que perdeu disputa com chinês por ativo de transmissão (Fonte: Jornal da Energia)

"Companhia também diz que leilões no setor têm grande concorrência e baixas taxas de retorno
Por Luciano Costa
O presidente da Cemig, Djalma Bastos de Morais, revelou nesta segunda-feira (28/5) que a empresa perdeu a disputa pela aquisição de um ativo de transmissão. Durante apresentação para investidores, o executivo disse que recebeu "pela manhã" a informação de que a concorrência foi vencida "mais uma vez pelo capital chinês". O negócio seria fechado, pelo lado da companhia mineira, pela controlada Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa).
A Cemig já havia sido deixada para trás por orientais no final do ano passado, quando tentou comprar a parcela do governo português na elétrica EDP. Na ocasião, a chinesa Three Gorges levou o ativo, em uma transação de 2,7 bilhões de euros. Apesar do revés, Morais disse que "a procura de novos ativos que venham agregar valor à empresa terá que ser constante" e que esse é também o pensamento do acionista controlador, o governo de Minas Gerais.
O diretor de Desenvolvimento de Negócios da Cemig, Fernando Henrique Schuffner Neto, também falou sobre a competitividade cada vez maior em transmissão de energia. Segundo ele, nos últimos leilões, a companhia fez diversos estudos e otimizações em cima dos projetos ofertados, mas não conseguiu levar. Ainda assim, os investidores viram bem o movimento, e as ações subiram mesmo com a derrota. A avaliação foi de que uma vitória no patamar de valor praticado nos certames levaria a "destruição de valor".
"A taxa de retorno que a gente está percebendo no mercado está muito baixa, muito menor do que a gente gostaria. Infelizmente, nossos competidores aceitam ter uma taxa menor", analisou o executivo. Por outro lado, Neto destacou que a empresa tem sido "muito eficiente nas aquisições de linhas de transmissão".
Como exemplo, o diretor citou a compra de ativos da espanhola Abengoa, que teria sido bem avaliada pelo mercado. "A gente está sendo muito mais feliz e competitivo - e trazendo retorno para o acionista - com aquisições do que em leilões".

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