sexta-feira, 17 de junho de 2011

"Usiminas cria diretoria de energia e lança programas" (Fonte: Valor Econômico)

"Dentro da estratégia de alcançar a autossuficiência em energia até 2015, a Usiminas acaba de criar uma diretoria apenas para cuidar dos projetos que passam a ser desenvolvidos a partir de agora nessa área. Para ocupar o cargo foi escalado Bernardo Alvarenga, que foi diretor comercial da Cemig. O executivo será responsável por implantar cinco frentes de atuação na siderúrgica - redução de consumo, otimização de custos de energia, eficiência do mix de combustíveis, cogeração (aproveitamento do passivo de energia térmica gerada por combustíveis) e possíveis investimentos em ativos energéticos (última etapa).Ontem, a empresa deu partida a esse projeto, que prevê economia de R$ 350 milhões ao ano a partir de 2015, quando estiver todo implantado. Firmou com a estatal mineira de energia Cemig um contrato para elevar a eficiência do consumo de energia em suas instalações, começando pela usina de Ipatinga, e reduzir custos operacionais. O acordo, de gestão e otimização, tem valor de R$ 8,3 milhões. Com isso, haverá uma redução de cerca de 2,5 MWh ao mês na área de produção de Ipatinga.
"São um passo importante na nossa estratégia, em um longo caminho que temos a percorrer até 2015 ", afirmou Wilson Brumer, presidente da Usiminas. Com isso, reiterou, a empresa busca aumentar a competitividade (eliminando gap de custos nessa área, pois hoje consome 500 MW e gera apenas 100 MW) e, ao mesmo tempo, estruturar energia como um negócio na empresa.
Neste ano, até maio, o peso da energia no custo de produção da siderúrgica foi de 7%. Segundo Brumer, com as expansões em curso nas usinas de Ipatinga (MG) e Cubatão (SP), se nada for feito, o déficit de energia poderia alcançar 600 MW no período. A previsão é que a empresa terá de investir R$ 2,5 bilhões para atingir a autossuficiência desse insumo.
O contrato com a Cemig, informou, será pago em três com a própria economia de energia. Apenas nessa frente, de ganho de eficiência, a Usiminas espera obter redução de 30 MW (8% do que compra da Cemig atualmente).
Ganho de eficiência energética com seus clientes é uma política da Cemig, que destina 0,2% da receita líquida operacional da Cemig Distribuição para os chamados "contratos de desempenho industrial", como o firmado com a Usiminas, informou José Raimundo Dias Fonseca, diretor de comercialização da estatal. Para isso, criou a Efficientia, empresa dedicada à gestão de ações nessa área.
Apenas no contrato que envolve a usina de Ipatinga, disse Dias, a economia será de 15 mil MWh por ano, o suficiente para suprir 10 mil residências, além de permitir capturar 3 mil toneladas de CO2. "É bom para o ganho de competitividade do cliente, bom para o meio ambiente e bom para a Cemig"."

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