sexta-feira, 17 de junho de 2011

"Ministério estuda ampliar uso de geração solar" (Fonte: Valor Econômico)

"O Ministério de Minas e Energia está conduzindo uma série de estudos para inserir a energia solar fotovoltaica para uso residencial no país, o que deve estimular investimentos na indústria de equipamentos de painéis solares. Existe uma forte pressão de fornecedores, a exemplo do que aconteceu com a eólica, para que esse tipo de energia faça parte da matriz brasileira. O secretário de Energia do ministério, Altino Ventura Filho, disse que os primeiros estudos foram terminados e resultaram numa estimativa de que cada megawatt hora custaria ao consumidor final entre R$ 1 mil e R$ 1,2 mil. "É ainda muito caro, mas investidores estrangeiros já mostraram que é possível abaixar em até 50% esse custo", disse Ventura.
O secretário explica que hoje o consumidor residencial paga R$ 500 por MWh, mas se os sinais vindos do exterior estiverem certos, logo o país poderá inserir esse tipo de energia em sua matriz. Grupos de estudos foram formados para estudar a melhor forma de viabilizar os leilões desse tipo de energia e ainda possibilitar que seja regulamentada no país a figura do consumidor/produtor. Como os painéis solares só produzem durante o dia, é preciso estabelecer formas de o consumidor receber energia das distribuidoras e poder jogar na rede elétrica a geração excedente que produzirá.
A posição do governo federal, entretanto, é firme no sentido de que não seja dado nenhum subsídio. "Há dois anos os investidores de eólica pediram um programa que garanta a entrada de mil megawatts dessa energia por ano", disse Ventura. "Nós não vamos garantir isso, mas se eles forem competitivos esse volume será até maior, como já está acontecendo", completou.
Os investimentos em energia solar ainda são muito incipientes no Brasil, até porque não há regulamentação no país para o uso dela por consumidores de menor porte. Projetos de fábricas no Nordeste, entretanto, já estão em andamento. Neste mês a MPX, controlada pelo empresário Eike Batista, ligou à rede nacional a primeira usina de energia solar, que usa painéis fotovoltaicos, no país.
Em função da competitividade, Ventura afirma que a energia solar produzida por meio de calor (e não por painéis fotovoltaicos) não terá espaço no país por um longo tempo. Esse tipo de produção é feito largamente na Espanha, onde a energia é subsidiada. Com os efeitos da crise internacional, o governo espanhol chegou a rever a forma desse subsídio dentro do seu programa de contenção de gastos.
A repórter viajou a convite de Itaipu."

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