quarta-feira, 18 de maio de 2011

“Petrobras corta investimentos” (Fonte: Correio Braziliense)

“A Petrobras poderá reduzir os investimentos programados para o período de 2011 a 2015, admitiu ontem o diretor financeiro da empresa, Almir Barbassa. Segundo o plano apresentado na última sexta-feira ao Conselho de Administração da estatal, presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, os desembolsos ficariam em torno dos US$ 250 bilhões ante os US$ 224 bilhões do programa atual (2010 a 2014). A proposta não foi aprovada e voltou às pranchetas das diversas áreas de negócios da companhia para ser revisado.

De acordo com um integrante do governo, a ordem na reunião do Conselho foi para a Petrobras se concentrar nos projetos aprovados no ano passado e que já estão em andamento. “Já é um baita plano”, disse a fonte à agência Reuters sob a condição de anonimato. “Tem país que não investe isso”, completou. O plano de investimento em vigor inclui os projetos do pré-sal e as novas refinarias. “O foco é cumprir o que está aí, manter o patamar de desembolso”, explicou.

A mesma fonte ressaltou que o Conselho de Administração pediu à Petrobras para readequar alguns projetos, vendo, por exemplo, as licenças ambientais em atraso para investir no que realmente têm chances de ser desenvolvidos. Segundo Almir Barbassa, o Conselho pediu, entre outros estudos, alguns para reduzir o volume de recursos inicialmente estipulado para obras. “O Conselho me pediu para fazermos estudos de sensibilidade sobre o plano de investimento”, destacou.

Na avaliação dos especialistas, um volume menor de investimentos, ou mesmo a estabilidade nos desembolsos, reduzirá a necessidade de se aumentar o preço da gasolina e do diesel, como a companhia vem pleiteando junto ao governo. É que a necessidade de caixa será menor. “Se o plano for muito elevado, a Petrobras terá que reajustar a gasolina e o diesel. Mas o governo não quer”, disse um técnico da estatal. No seu entender, se o valor do plano de investimentos for muito alto e não for feito ajuste nos preços dos derivados, a empresa terá que captar mais recursos no mercado, elevando seu endividamento.

“O que o governo quer é um plano do mesmo jeito que estava, para que a Petrobras não tenha que se endividar mais”, explicou o técnico.”


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