quarta-feira, 18 de maio de 2011

“País abre 272 mil vagas formais de emprego em abril” (Fonte: O Estado de S. Paulo)


“Autor(es): Célia Froufe

Depois de números pífios em março, o mercado de trabalho formal voltou a se aquecer em abril. E a expectativa do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, é que a expansão ocorra mês a mês até que o saldo de criação de vagas líquidas atinja a marca histórica de 3 milhões de novos postos este ano.
Para ele, isso será possível porque, ao contrário do que foi visto em 2010, a tendência é de aquecimento do setor na segunda metade do ano. No mês passado, foram criados 272,2 mil empregos com carteira assinada. Muito acima dos 103 mil postos verificados em março, depois da atualização do número, mas distante do resultado do mesmo mês de 2010, quando o saldo foi recorde para o período, com 349 mil novas vagas. No acumulado de janeiro a abril, os números seguem mais fracos em 2011: chegaram a 880.717, depois de ultrapassarem a barreira de 1 milhão no mesmo período de 2010.
"Controlada a inflação, a tendência é de crescimento maior de geração de empregos com carteira assinada no segundo semestre", avaliou Lupi ao detalhar os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) ontem. "O primeiro semestre de 2010 foi muito forte e o comportamento do emprego este ano será diferente: teremos mais expansão no segundo semestre." O curioso é que Lupi prevê um aquecimento do mercado de trabalho mesmo sabendo que o crescimento econômico do Brasil será menos robusto do que os 7,5% verificados em 2010. Ele disse que isso é possível porque as novas vagas serão fruto de investimentos já ocorridos e que começam a amadurecer, com as empresas passando para a fase de contratação.
Como ilustração, o ministro lembrou que, apesar da leve queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 2009, o saldo das contratações com carteira assinada foi de 1,4 milhão. Além disso, segundo ele, há uma aposta de que os juros, se não caírem "um pouquinho" na segunda metade do ano, permaneçam pelo menos estáveis.
Lupi disse não ter dúvidas de que o resultado de maio será melhor do que o de abril. Mesmo sem cravar um número, ele previu que o saldo deste mês ficará acima da média dos últimos quatro anos, como ocorreu em abril, cuja média ficou em 252 mil. A média para os meses de maio de 2007 a 2010, no entanto, é mais baixa, de 248 mil postos. "Estou muito otimista para maio: a construção civil está muito forte; os serviços, pujantes, e o Centro Oeste voltando a crescer na área agrícola", enumerou o ministro.
Setores. O setor de serviços liderou a abertura de vagas em abril, com o volume recorde para o mês de 114,4 mil postos. Também uma marca, mas com menor expressividade, apresentou o comércio, ao criar 41.587 postos. A indústria criou 51,3 mil novos empregos e a agricultura e a construção civil, que estavam enfraquecidas em março, voltaram a empregar: saldo de 28,1 mil e 29,8 mil vagas, respectivamente.
Justamente a agricultura é que impulsionou a força do mercado em abril, gerando mais vagas no interior do que das grandes metrópoles.”


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