quarta-feira, 20 de abril de 2011

“Cemig deve alterar estatuto para elevar o endividamento” (Fonte: Valor Econômico)


“Autor(es): Denise Carvalho | De São Paulo 

A companhia de energia elétrica Cemig está firme no propósito de aumentar o nível de endividamento para garantir seu plano de expansão e, para isso, pretende alterar o limite previsto em estatuto. A empresa deve aprovar, em assembleia geral extraordinária marcada para o dia 12 de maio, a mudança do percentual do investimento permitido em relação ao Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 40% para 42%.
O aumento do teto de endividamento permitirá que a Cemig compre as ações do Fundo de Investimento em Participações (FIP) Redentor na Light. A Cemig passará dos atuais 26% para 33% do capital votante da companhia, o que exigirá desembolso de R$ 388 milhões.
O limite do percentual poderá ir além dos 42%, caso a Cemig concretize a compra de novos ativos no mercado de energia. Por isso, a empresa poderá convocar novas assembleias futuramente. E não está descartado que isso ocorra ainda em 2011.
Segundo Antonio Carlos Vélez Braga, superintendente de relações com investidores da Cemig, não há restrição para as alterações no nível de endividamento. O que existe, disse ele ontem durante reunião da Apimec realizada em São Paulo, é "bom senso" para definir se as oportunidades de negócios justificam o endividamento.
"A companhia tem uma estratégia de expansão que o setor conhece bem. Quem tem ativos para vender tem procurado a Cemig. Por isso, não faz sentido não analisar", diz Braga.
A Cemig já promoveu mudanças estatutárias anteriormente para elevar o limite de endividamento. O aumento mais significativo ocorreu em 2009, por ocasião da aquisição da Taesa, antiga Terna.
Na época, o estatuto também previa um teto de 40% do investimento em relação ao Ebitda. A Cemig levou para votação em assembleia extraordinária a proposta de alteração do limite de endividamento para 110%.
A alteração permitiria na época que a Cemig fizesse um aporte de R$ 1 bilhão na aquisição da Taesa. A empresa, no entanto, chegou a 60% porque fez parceria com outros investidores reunidos em FIP.
O governo de Minas Gerais detém 51% do capital votante da Cemig. O grupo Andrade Gutierrez detém 33%. Os outros 16% estão em circulação na bolsa.
Desde que iniciou o plano de expansão, em 2006, a Cemig já investiu R$ 3 bilhões em aquisições. Comprou a usina hidrelétrica no Espírito Santo (Rosal), a Light, a TBE (Transmissões Brasileiras de Energia), a Taesa e três plantas eólicas no Ceará. Esse volume não inclui as dívidas das empresas que foram incorporadas pela Cemig nos processos de aquisição.
Com as compras, a Cemig pretende obter 20% do mercado de energia. Hoje, a empresa detém 12% da distribuição nacional, 10% da transmissão e 7% da geração.”


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