sexta-feira, 25 de março de 2011

“IBGE indica que inflação já afeta valor real dos salários” (Fonte: Valor Econômico)


“Autor(es): Juliana Ennes | Do Rio


Os salários começam a perder a corrida contra a inflação. O rendimento médio real recebido nas seis maiores regiões metropolitanas do país caiu 0,5% em fevereiro na comparação com janeiro, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com exceção de um repique justamente em janeiro, o salário real está em queda desde novembro. Na comparação com outubro, o rendimento médio real pago em fevereiro (R$ 1.540,30) foi 1,5% menor. Na comparação com fevereiro de 2010, o rendimento médio ficou 3,7% superior, já descontada a inflação.
"O rendimento nominal médio subiu, mas a inflação corroeu essa elevação e, por isso, o rendimento médio real teve queda", explicou o gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
A taxa de desemprego atingiu 6,4% em fevereiro, a menor já registrada para o mês desde o início da pesquisa. A taxa - em um movimento sazonal para este período do ano - ficou um pouco acima dos 6,1% de janeiro. Em fevereiro do ano passado, a taxa foi de 7,4%. De acordo com Azeredo, a pequena elevação mensal deve ser considerada estatisticamente como estabilidade. O aumento do desemprego nessa época está associado ao fim dos empregos temporários do fim do ano.
O gerente do IBGE acredita que o mercado de trabalho ainda não indica desaquecimento da economia. "Se vai haver reflexo do aumento de taxa de juros, ou diminuição de crescimento [sobre a ocupação], isso ainda não aconteceu", disse. Parte expressiva da desocupação foi registrada na região metropolitana de São Paulo, de acordo com o IBGE, onde a taxa de desemprego ficou em 6,6% em fevereiro, após 6% em janeiro.
As vagas com carteira assinada abertas nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE cresceram 1,8% na comparação com janeiro, o equivalente a mais 191 mil postos de trabalho. O avanço ante fevereiro do ano passado foi de 6,9%. Com isso, o percentual da população ocupada com carteira alcançou 48,1%. O número de vagas do setor privado sem carteira caiu 3,3% em fevereiro ante o mês anterior e, na comparação com o mesmo mês de 2010, teve queda de 3,9%.
"Há um processo de formalização do trabalho temporário e, por isso, cresce o número de trabalhadores com carteira assinada. A carteira assinada está sendo cada vez mais uma tendência, com maior fiscalização por parte do governo ", disse Azeredo.”




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