quinta-feira, 17 de março de 2011

“Briga entre funcionários de Jirau afeta obras da usina” (Fonte: Valor Econômico)


“Autor(es): Denise Carvalho | De São Paulo
Uma briga entre funcionários da Hidrelétrica Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia, ocorrida na terça-feira, transformou-se num ato de quebradeira e paralisou parcialmente as obras da usina, um dos maiores projetos em construção atualmente no Brasil.

Os cerca de 20 mil funcionários da usina começaram a retomar gradualmente o ritmo dos trabalhos ontem, depois que uma operação de 150 homens do COI (Companhia de Operações Especiais), da Polícia Militar, de policiais civis e do corpo de bombeiros controlou as desavenças.
Ontem, o secretário de Segurança Pública do estado, Marcelo Nascimento Bessa, chegou a entregar um ofício ao governador Confúcio Moura, pedindo a presença de força nacional para fazer o policiamento do local.

A confusão começou no momento da troca de turno, por volta de cinco da tarde, entre um motorista de ônibus que transportava funcionários e um trabalhador do canteiro. Cerca de 300 pessoas se envolveram na briga. Até o fechamento da matéria, 31 pessoas tinham sido detidas pela polícia.

O momento mais tenso ocorreu quando funcionários tentaram incendiar o refeitório do canteiro de obras, que serve refeições para 5 mil pessoas de uma só vez.
A polícia não precisou disparar tiros. Mas a situação só foi controlada por volta de três da madrugada desta quarta-feira.

Durante o dia de ontem, era difícil contatar funcionários para comentar o assunto. "Está difícil ter contato com as pessoas de lá. Parece que a segurança do empreendimento fechou as vias de acesso ao canteiro de obras, por terra e rio, mas não é possível confirmar", disse Artur Moret, professor do mestrado de Desenvolvimento Regional, da Universidade Federal de Rondônia.

De acordo com dados da Secretaria de Segurança, uma vítima teve lesão leve. Cerca de 45 ônibus e 15 carros de passeios foram queimados. Um caixa eletrônico do Bradesco também foi danificado.
A estação de captação e tratamento de água da concessionária de Água e Esgoto do Estado (Caerd) foi parcialmente destruída, interrompendo o abastecimento na cidade de Nova Mutum Paraná, localizada a cinco quilômetros do canteiro de obras.

Ainda de acordo com a Secretaria, 15 alojamentos foram queimados e outros 20 ficaram danificados. Mais 30 instalações, como salas de vídeo, academia, lanchonete, foram destruídas.
Procurado pela reportagem para comentar os impactos do vandalismo, o Consórcio Energia Sustentável do Brasil, que venceu o leilão para operar a usina, não concedeu entrevista. Segundo a assessoria de imprensa do Consórcio, a Camargo Corrêa deveria se pronunciar, por ser a responsável pela construção das obras civis.

Por meio de nota enviada à redação, a Camargo Corrêa informou que "a administração está prestando todo o apoio às investigações para esclarecer a origem da ocorrência, com a punição dos responsáveis". Ainda segundo a empresa, o episódio não ocasionará atrasos.

Em relação aos danos provocados, a Camargo Corrêa também informou que apenas cinco alojamentos - de um total de 200 - com capacidade para 150 pessoas, foram danificados e deverão ser refeitos. Os 150 trabalhadores já estão acomodados em hotéis em distritos e em Rondônia. (Colaborou Daniela Chiaretti)

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