quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Abradee descarta redução extra de tarifas com renovação das concessões (Fonte: Jornal da Energia)

"Em reunião com o Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o presidente da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), Nelson leite, trouxe mais uma vez a preocupação das concessionárias com a indefinição dos critérios de renovação dos contratos de concessões que vencerão em 2015 e 2016. O encontro aconteceu nessa quarta-feira (25/09).
Em entrevista, o presidente da Abradee ressaltou que cerca de 41 distribuidoras aguardam o MME estudar as regras para renovação. “Nós estamos fazendo uma série de sugestões, não sabemos se serão aceitas. Eu acredito que vai ser diferente do processo anterior, até porque dentro das concessões de distribuição não existe espaço para ter surpresas”, explicou Leite. O presidente da associação acrescentou que o setor é bem estruturado e só há a necessidade de definição das regras o quanto antes para haver um período razoável para a adequação dos critérios por parte das distribuidoras.
Sobre a redução das tarifas, Nelson Leite descartou qualquer estudo sobre o assunto. “Nós não conseguimos visualizar nenhuma maneira de se aplicar redução adicional de tarifa. Não existe espaço para uma eventual redução”, destacou. Segundo ele, não houve manifestação do governo nesse sentido.
Questionado a respeito de matérias veiculadas na imprensa que afirmavam que o Governo tinha a intenção de reaver e relicitar os contratos de concessão com mais de 50 anos para uma possível redução tarifária, Leite afirmou que essa opção estaria fora de cogitação. “Não tem sentido porque a data inicial das assinaturas dos contratos pela Lei das Concessões data de 1995. Os contratos são de vinte anos e as privatizadas possuem contratos de 30 anos, então não tem lógica”, explicou.
Outro assunto abordado também foi a questão da exposição involuntária das concessionárias. Nelson Leite afirmou que será feito um Leilão A-1 para suprir a energia dos contratos que vencerão no final do ano, no valor de 4 mil MW médios comprada em 2004, mais 2 mil MW médios de exposição indevida da não realização do A -1 do ano passado. “Nós colocamos algumas sugestões para a realização do leilão no sentido de que haja oferta de energia para que as distribuidoras não fiquem subcontratadas. Porque dependendo do valor do PLD para o ano seguinte, isso pode ter um impacto grande no caixa das distribuidoras”, ressaltou.
A AES Eletropaulo também participou da reunião. Segundo Leite, a intenção era ter uma presença maior de distribuidoras no encontro. “Não foi uma reunião para defender os interesses particular de nenhuma associação, foi para defender os interesses das distribuidoras como um todo”, destacou o presidente."

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