segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

SDH e CPI do Trabalho Escravo vão acompanhar caso de tráfico humano em Altamira (Fonte: Blog do Puty)

" A operação da Polícia Civil de Altamira (PA)  foi realizada na noite da quarta (13), após denúncia de uma garota de 16 anos, que conseguiu fugir. A adolescente procurou a conselheira do Conselho Tutelar, Lucenilda Lima, que acionou a polícia. De acordo com o delegado Rodrigo Spessato, as mulheres eram confinadas em pequenos quartos sem janelas e ventilação, com apenas uma cama de casal. Cadeados do lado de fora trancavam as portas Elas tinham entre 18 e 20 anos – além da jovem de 16, e eram provenientes do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. De acordo com o delegado, em depoimentos, as vítimas afirmaram que podiam ir à cidade de Altamira uma vez por semana, por uma hora, mas eram vigiadas pelos funcionários da boate.
Ações da SDH 
A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), por meio de sua Ouvidoria e do Centro de Referencia em Direitos Humanos de Altamira, acompanha desde a noite desta quarta-feira (13) a operação da Polícia Civil e do Conselho Tutelar do município paraense, que encontrou 14 mulheres e uma travesti em situação de escravidão e cárcere privado, em dois prostíbulos da região.
A ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, conversou nesta quinta-feira (14), por telefone, com a conselheira tutelar que recebeu a denúncia, Lucenilda Lima, e com o delegado responsável pela operação, Rodrigo Spessato,  para obter todas as informações referente ao caso, que foi denunciado por uma adolescente de 16 anos, que também era explorada sexualmente no local. 
Ouvidoria
A Ouvidoria e o Centro de Referência da SDH na região já iniciaram o atendimento a todas as vítimas, garantindo acolhimento e atendimento psicológico, em especial à  adolescente que denunciou o caso. Assim que foram libertadas,  todas as vítimas foram encaminhas para um local seguro. A SDH vai viabilizar a retirada imediata das mulheres do local e monitorar os desdobramentos do caso.  
Fontes: CPI tráfico Humano, Repórter Brasil, SDH.
CPI vai apurar
"O tráfico humano tem desdobramentos que configuram nuances das relações do trabalho análogo ao escravo. As pessoas, em geral mulheres, nesses casos, ou travestis passam a trabalhar em condições precárias e numa condição de dependência com os empregadores que, na verdade, são os aliciadores ou intermediários da rede, que estabelecem uma relação de mercado e de reprodução ilegal de capitais. Temos que atacar em todas as frentes, em avançar na legislação, nas medidas punitivas, na mobilização da sociedade e, sobretudo, amparar e encorajar as denúncias dos trabalhadores que são vítimas de maus tratos, que são escravizados, dependentes de dívidas, e impossibilitados de ir e vir. Vamos tomar providências em termos de atuação da CPI, dialogando com dados do tráfico humano", afirma o deputado Puty, presidente da CPI do Trabalho Escravo.
O deputado Edilson Moura (PT), autor da CPI do Tráfico Humano na Alepa declara:
Ouça: http://www.puty.com.br/claudioputy/audio/sounds-view?sound_id=476094
Mais informações
Dados sobre o tráfico humano no Pará. 
A comissão apurou que o município de Rondon do Pará, no sudeste paraense, é rota para imigração ilegal de brasileiros para os Estados Unidos e para o Canadá.
Segundo a CPI, a rede de tráfico de mulheres uitiliza Barcarena, no nordeste do estado, como rota de caminho para o Suriname, Hungria e República Tcheca. Belém e os municípios de Portel, Breves, Bragança e Capanema também são citados como rotas frequentes para este tipo de crime.
No ano passado, a Polícia Civil encontrou 83 travestis vítimas do tráfico humano na capital paulista. Desse total, 80% eram paraenses."

Fonte: Blog do Puty

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