quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Estatais prestam atendimento precário a deficientes, diz TCU (Fonte: Valor)


"No andar térreo da sede nacional dos Correios, logo abaixo do escritório central de sua administração, em Brasília, a loja de atendimento da estatal não exibe nenhuma informação em braile. Entre os funcionários, ninguém foi treinado para se comunicar por meio da língua brasileira de sinais (Libra). Se um cadeirante quiser ir ao banheiro, que é compartilhado com todos os funcionários, ele precisa sair da loja, contornar o prédio, identificar-se na portaria e pedir um crachá de acesso.
As falhas na infraestrutura e na sinalização usadas para apoiar pessoas que têm algum tipo de deficiência não são exclusividade dessa unidade dos Correios. Elas estão espalhadas pelos milhares de balcões de atendimento da administração pública, precariedade que foi identificada por uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU).
Para identificar os principais problemas de acessibilidade e prédios e serviços públicos, a auditoria se concentrou nos seis maiores balcões de atendimento do país: Correios, Caixa Econômica Federal, INSS, Ministério do Trabalho (MTE), Receita Federal e Defensoria Pública da União (DPU). Juntos, esses órgãos têm mais de 11 mil unidades que prestam serviço à população. Os dados foram compilados com base em pesquisas com servidores responsáveis pelas unidades. O resultado é crítico.
Entre os itens de comunicação e sinalização, um dos maiores problemas identificados é a falta de mapa tátil na entrada das unidades, materiais com figuras ou caracteres em relevo usados para orientar pessoas cegas ou de baixa visão. Entre todas as instituições, 68,5% não tinham essa sinalização. Em três órgãos (MTE, Receita e DPU), o recurso praticamente não existe, aponta a auditoria. A falha de sinalização se repete em prédios que possuem elevadores. Nos postos de atendimento do INSS, apenas 32,3% desses equipamentos têm sinalização em braile. Nos balcões do MTE, esse volume cai para 22%, situação que se agrava ainda mais nas lojas dos Correios, que têm apenas 11,8% de seus elevadores devidamente sinalizados..."

Íntegra disponível em https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/8/22/estatais-prestam-atendimento-precario-a-deficientes-diz-tcu

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