quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

“Em clima de revanche, PT defende piso regional de R$660 e R$720 em SP” (Fonte: O Globo)

Autor(es): Agência O globo: Silvia Amorim

No estado, PSDB quer que salário seja de R$600 a partir de 1º de abril

SÃO PAULO. Em clima de revanche, o PT de São Paulo apresentou ontem na Assembleia Legislativa um pacote de emendas ao projeto de lei que reajusta o piso salarial paulista, por valores bem acima do que o partido defende em Brasília. Sem força política para aprovar o que propõem, os petistas pretendem, com o episódio, desgastar a gestão tucana e dar o troco ao PSDB pela oposição feita à presidente Dilma Rousseff no debate do reajuste do salário mínimo nacional.

No Congresso, a proposta de Dilma, de R$545 foi atacada pela oposição. Os tucanos levaram a voto a proposta de R$600, promessa de campanha do candidato derrotado do PSDB à Presidência, José Serra.

Numa inversão de papéis, o PT paulista defende em São Paulo um reajuste para o piso regional maior do que o apresentado pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB). O salário mínimo paulista é dividido em três faixas. A gestão tucana propôs R$600, R$610 e R$620 para 2011. Já o PT quer duas: R$660 e R$720.

Mas a proposta de maior destaque é a que propõe que o salário-base do funcionalismo estadual seja equiparado ao piso regional paulista, restrito aos trabalhadores da iniciativa privada. Ou seja, pela emenda petista, nenhum servidor do estado poderia ter piso salarial inferior a R$600, R$610 e R$620 - os valores variam conforme a atividade profissional.

Hoje, há carreiras no funcionalismo paulista com salário-base de R$415, como mostra tabela de cargos e salários disponível no site do governo - caso de auxiliares de serviços gerais. Ao salário-base são acrescidos abonos e gratificações, chegando a uma remuneração de R$590. Esse é o menor valor pago hoje a um servidor em São Paulo. Para 2011, o governo propõe que o mínimo passe a ser de R$630.

- Queremos um piso que valha para todos, incluindo aposentados e pensionistas. Essa política de gratificações e abonos não beneficiam essa parcela do funcionalismo - disse o líder do PT na Assembleia Legislativa, Antônio Mentor.

Sobre a diferença de postura entre o PT paulista e o PT nacional na discussão do mínimo no Congresso, Mentor afirmou não ver contradição:

- São Paulo é o estado mais rico e tem todas as condições de absorver esses valores.

O líder do governo na Casa, Samuel Moreira, também disse não haver discrepâncias entre o que o PSDB defendeu em Brasília e o que propõem no estado:

- Estamos garantindo que ninguém receberá no funcionalismo estadual menos que R$630 a partir de 1º de abril deste ano e não vemos nenhuma contradição entre o que defendemos em Brasília e o que praticamos no governo de São Paulo.

O projeto deve começar a tramitar na próxima semana.”

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