segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

“Bancários no Fórum Social Mundial” (Fonte: Tribuna Bancária)


“O presidente do Sindicato, Fabiano Júnior (foto), representa os bancários dos estados do Rio e Espírito Santo no Fórum Social Mundial, que começou domingo (5 de fevereiro), em Dakar (Senegal). Fabiano foi a Dakar pela Federação dos Bancários dos Estados do Rio e Espírito Santo. Nilton Damião, vice-presidente da Federação, também participa do evento.

O convidado mais esperado é o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que participa nesta segunda-feira da programação do "Dia da África e Diáspora". 

Durante todo o Fórum, que termina dia 11, mais de 50 mil ativistas de mais de 120 países se reunirão para denunciar problemas do continente africano e traçar uma agenda de consenso para enfrentar a crise econômica mundial. A participação de Lula no fórum coincide com a pauta política internacional que o ex-presidente quer defender desde que deixou o cargo: o combate à fome e à desigualdade na África. Ele deve chegar acompanhado do ex-ministro Luiz Dulci e de Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae e um de seus principais assessores.

Mais de 1.200 entidades se inscreveram e haverá em torno de mil eventos paralelos à agenda oficial do FSM. A "carta ao Fórum Social" (abaixo, na íntegra) é assinada pela Coordenação de Movimentos Sociais, que reúne CUT, MST, UNE, as pastorais sociais da CNBB, o Grito dos Excluídos entre outras entidades. O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, representa a presidente Dilma Rousseff e participa na segunda-feira de um debate sobre as relações Sul-Sul, um ponto bastante defendido pelo governo do ex-presidente Lula.

Um dia antes, o Fórum Sindical Mundial

Antecedendo o Fórum Social Mundial, aconteceu sábado, também em Dakar, o Fórum Sindical Mundial. O tema central é “O desenvolvimento da resistência e das alternativas populares frente ao neoliberalismo”, e a Central Única dos Trabalhadores ocupou lugar de destaque nas mesas de debate. A secretária nacional de Comunicação, Rosane Bertotti, dividiu mesa com o renomado intelectual e economista egípcio Samir Amin, enquanto Antonio Lisboa, diretor executivo da Central, participou do diálogo com Dramana Haidara, diretor adjunto da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Sérgio Bassoli, da Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL).

O evento dos trabalhadores reuniu cerca de 200 lideranças, contando com forte participação africana, em especial das organizações sindicais do Senegal e do Marrocos, que denunciaram o clima de opressão e perseguição existentes em seus países. Logo no início dos trabalhos foi feito um minuto de silêncio em homenagem à luta do povo egípcio contra Mubarack.

Carta da Coordenação dos Movimentos Sociais do Brasil ao Fórum Social Mundial – Dacar 2011

O mundo está com os olhos sobre o continente africano. As heróicas jornadas de lutas que ocorrem na Tunísia, Jordânia e Egito, contra as ditaduras mantidas com o apoio das grandes potências, são um exemplo das mudanças pelas quais passa o continente. Já repleto de simbolismo, o Fórum Social Mundial torna-se palco da solidariedade aos povos em luta pela construção de uma nova realidade política no continente africano, com governos democráticos que afirmem a soberania popular e não transformem seus países em marionete dos interesses externos.

Nós, movimentos sociais brasileiros, reunidos na Coordenação de Movimentos Sociais – CMS, unidos ao continente africano pelo “grande rio” chamado Atlântico Sul, reafirmamos nosso compromisso histórico e solidário com as lutas do povo africano pelo fim do colonialismo, contra a militarização, patriarcado, pelos direitos dos migrantes, por soberania.

A atual conjuntura nos coloca enormes desafios. A grave crise econômica e financeira que tem como centro os países desenvolvidos continua forte e intensa. Seus governantes, em encontros como o de Davos, tramam políticas para que os trabalhadores e os países do sul paguem pelos custos da crise. As formulas são sempre as mesmas, cortes de salários e direitos, arrocho fiscal, recessão, políticas xenófobas contra os migrantes. Estimulam conflitos de secessão e usam a OTAN para ampliar - seja no mar ou na terra - a militarização, sempre com o intuito de saquear e controlar recursos naturais que eles próprios dilapidaram.

Em contraposição a este receituário de exclusão, a CMS Brasil conclama a todos e todas para que debatam estratégias e construam convergências, organizando uma nova jornada de lutas global contra a crise, a militarização, o neocolonialismo, as mudanças climáticas e os direitos dos povos e nações.

Com este objetivo e compromisso, nosso encontro neste Fórum tem lugar marcado: será na Assembléia Mundial dos Movimentos Sociais. Neste espaço de confluências, vamos coletivizar nossas agendas, consolidar e fortalecer nossas bandeiras, para que, com unidade na diversidade, construamos um calendário de lutas onde caibam todos e todas, sinalizando o amanhã de justiça, solidariedade, independência e paz.

Contamos com sua presença dia 10, na Assembléia Mundial dos Movimentos Sociais.

CUT, MST, CMP, UNE, UBES, ABI, CNBB/OS, Grito dos Excluídos, Marcha Mundial das Mulheres, UBM, Conem, Unegro, MTD, MTST, Contee, CNTE, Conam, UNMP, Ação Cidadania, Cebrapaz, Abraço, CGTB, Intervozes, CNQ, FUP, Sintap, ANPG, CTB, CMB, MNLN

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