quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Gilmar e Temer comem churrasco enquanto discutem impeachment (Fonte: GGN)

"O ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral Gilmar Mendes ofereceu a senadores e pecuaristas um churrasco, na noite de ontem, ocasião em que apareceu "de surpresa" o interino Michel Temer. Segundo relatos de políticos que estiveram no encontro, estava em pauta o destino da presidente Dilma Rousseff. Temer teria definido no jantar que tentaria apressar o julgamento de Dilma no Senado.

Segundo informações de O Globo, o jantar foi organizado por Gilmar numa espécie de homenagem ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi. A ideia era celebrar a abertura de mercados para a carne bovina brasileira. Gilmar confirmou o evento e disse que só soube que Temer também iria poucas horas antes. "O jantar era organizado para o ministro Blairo, mas o presidente resolveu comparecer. Até cheguei depois dele porque tinha sessão no TSE."

Segundo um senador do PMDB, "Michel disse que iria falar com Renan [Calheiros] e que ele tentasse com o [ministro Ricardo] Lewandowski antecipar a data [de julgamento de Dilma, prevista para setembro]. Achamos que os prazos terminariam dia 22 ou 23, e não 25. Ele [Temer] acha que dá para votar dia 24".

Temer "vai conversar nesta terça com o presidente do Senado e com o senador Romero Jucá sobre a possibilidade de mudança no calendário definido pelo presidente do Supremo", acrescentou O Globo.

O governo interino tem interesse em acelerar a votação do impeachment para evitar que a cassação de Eduardo Cunha ocorra antes do desfecho sobre Dilma. Há o temor de que Cunha, uma vez cassado, decida delatar tudo o que sabe sobre esquemas de corrupção envolvendo a cúpula do PMDB. A revista CartaCapital revelou, há alguns dias, que Cunha teria tentado gravar Temer e pensava em entregar o materia num eventual acordo de delação premiada.

Gilmar Mendes, por outro lado, segue tocando uma investigação, sobre a campanha de Dilma Rousseff (PT) em 2014 que poderia prejudicar Temer, caso as provas de caixa 2 sejam usadas na ação em que o PSDB quer a impugnação da chapa que venceu, por abuso de poder econômico..."

Fonte: GGN

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