segunda-feira, 14 de abril de 2014

Furnas pressiona saída de sócio privado de Três Irmãos (Fonte: Jornal da Energia)

"O Tribunal de Contas da União (TCU) poderá investigar o sócio privado de Furnas na UHE Três Irmãos, licitada no final de março. Segundo reportagem publicada na edição desta sexta-feira (11/04) do jornal O Estado de S. Paulo, a principal cotista do Fundo Constantinopla aparece nos documentos apreendidos pela operação Lava Jato da Polícia Federal.
No momento, o Tribunal examina outra questão pertinente ao processo de licitação, que é a destinação das eclusas e do canal da usina - os ativos não constavam no processo de licitação.
Segundo reportagens anteriores do periódico, a GPI Investimentos e Participações figura numa promessa de compra e venda do laboratório Labogen, em associação com uma suposta empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef, a Quality. Ela também é mencionada em e-mails interceptados na operação. A empresa confirma a existência do documento de venda e informa que construiu a estrutura física da Labogen. Porém, nega ser sócia do laboratório.
A GPI é a principal cotista do Fundo Constantinopla que, por sua vez, é o sócio de Furnas no consórcio que levou a usina de Três Irmãos. É presidida por Pedro Paulo Leoni Ramos, que foi secretário de Assuntos Estratégicos no governo de Fernando Collor de Mello (1990-1992). Outros três cotistas do Constantinopla também pertencem ao grupo de Leoni Ramos: Goldenbank, Darjan e Cialo. O outro integrante é a gestora de recursos Cypress.
A repercussão negativa da sociedade com esse grupo estaria levando Furnas a pressioná-los a deixar o negócio de Três Irmãos, segundo fontes de mercado. De acordo com a reportagem, a estatal já estaria a procurando um novo sócio. Os fundos negaram estarem de saída de Três Irmãos, mas a GPI informou que aguarda posicionamento do TCU sobre as esclusas e o canal para tomar sua decisão.
O Estado de S. Paulo aponta que a possibilidade de a concessão abranger essas estruturas de navegação, como parece ser a tendência da corte de contas, vai elevar os investimentos necessários e reduzir a rentabilidade. Por isso, os integrantes do consórcio acompanham o debate com preocupação."

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