terça-feira, 1 de abril de 2014

Cemig prevê aval da Aneel para reajuste de 29,7% (Fonte: MF)

"A Cemig recebeu indicação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de o que pleito de reajuste tarifário, de 29,74%, a partir de 8 de abril, feito na sexta-feira, será acatado. A afirmação é do gerente de mercado investidor da empresa, Stefano Dutra Vivenza. Se o cenário for concretizado, segundo o executivo, a empresa irá repor a capacidade de geração de caixa para este ano.
Vivenza disse ainda que o consumidor brasileiro precisa saber que a energia está mais cara. "Nós apresentamos o pleito para a Aneel e, até o momento, a indicação dela [reguladora] é de que isso será repassado", disse o executivo, em Apimec, no Rio. Ele afirmou que o aumento das tarifas considera apenas os 12 meses terminados em abril.
Sobre a participação em leilões, apesar da busca por aquisição de nova capacidade de geração, a Cemig prevê ficar de fora das disputas por usinas que tiveram suas concessões devolvidas no âmbito da medida provisória 579, de setembro de 2012.
"A Cemig prefere, por enquanto, ficar fora desses leilões", disse Vivenza. Ele destacou que o leilão da usina Três Irmãos, realizado na sexta-feira passada, não apresentava uma relação de risco/retorno favorável. "A Cemig continua a buscar ativos de geração hidráulica, mas sempre com compromisso de gerar retorno."
O executivo reiterou que a Cemig se prepara para devolver 18 usinas, que somam quase 1 mil megawatts de capacidade, devido ao fim do prazo de concessão. Outras três usinas a Cemig prevê disputar a postergação da concessão, por mais 20 anos, na Justiça: Jaguara, Miranda e São Simão. A Jaguara, cujo contrato já venceu, já está em discussão na Justiça. Ontem, Ministério Público Federal informou que deu parecer contrário ao pleito da empresa.
Em meio ao cenário complicado do setor elétrico, a Cemig prevê que a venda de energia no mercado de curto prazo vai gerar receitas que podem somar R$ 1 bilhão. "Temos 600 megawatts-médios disponíveis e que estão sendo liquidados no curto prazo", afirmou. O preço de liquidação de diferenças (PLD), valor da energia de curto prazo, está no teto regulatório, de R$ 822,83 por megawatt-hora. O retorno previsto deve se concretizar caso o cenário atual permaneça.
Já no setor de exploração e produção, a Cemig está em negociação com duas empresas americanas que conhecem a exploração de gás não-convencional que podem ser parceiras na exploração de quatro blocos na Bacia de São Francisco. "Estamos em fase de prospecção, de conhecimento do reservatório", disse. Informações mais precisas sobre a viabilidade das reservas dos blocos devem estar disponíveis até agosto.
A ideia é fornecer o gás extraído para térmicas e residências. Segundo o executivo, Minas Gerais tem uma demanda reprimida de gás muito grande o que é uma oportunidade para Cemig."

Fonte: MF

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