segunda-feira, 13 de agosto de 2012

"Comissão da Verdade brasileira tem de ser agressiva nas buscas", diz Peter Kornbluh (Fonte: Opera Mundi)


"Não basta solicitar documentos que ninguém quer que apareça. É preciso encontrar formas de forçar a aparição destes papéis. Esse é o principal alerta que o pesquisador e escritor norte-americano Peter Kornbluh faz à Comissão da Verdade brasileira. Para ele, o órgão recém-criado para investigar crimes cometidos pela ditadura deve “ser agressiva na busca por registros militares e, se os militares não cooperarem, deve, então, estar preparada para dar publicidade geral, responsabilizando os que obstruírem os registros desta história negra”.
Kornbluh é uma das maiores autoridades em abertura de arquivos secretos – da crise dos mísseis em Cuba, em 1962, até a detenção do general chileno Augusto Pinochet, em 1998, passando pela crise do episódio Irã Contras e um punhado de outros capítulos obscuros da história da Guatemala, Argentina, Bolívia, Paraguai, onde o governo norte-americano esteve envolvido.
Ao longo dos últimos 30 anos, este escritor e pesquisador de cabelos brancos e gestos suaves vem jogando luz sobre registros históricos que muitos governos preferiam ter deixado repousando eternamente no fundo de uma gaveta escura. Kornbluh está à frente da organização Arquivos da Segurança Nacional, fundada em 1985 em Washington para requerer, interpretar e publicar documentos secretos dos EUA liberados para consulta pública sobre os golpes na América Latina..."

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