sábado, 16 de junho de 2012

Parceria Público Privada firmada pela Copasa é tema de debate na ALMG (Fonte: @MINAS SEMCENSURA)

"A Comissão de Administração Pública da assembleia legislativa discutiu nessa quinta feira, 14 de junho a questão do contrato de PPP, Parceria Público Privada que a Copasa está licitando para execução de obras de ampliação e operação do Sistema Rio Manso. Além dos membros que compõem a comissão, o deputado Sávio Souza Cruz (PMDB) também participou, assim como líderes sindicais da CUT, na figura da presidenta Beatriz Cerqueira e membros do Sindágua e Sindeletro. A PPP do Manso, como está sendo chamada pelos sindicalistas, preocupa lideranças políticas e sindicais, porque a Copasa, hoje, tem quatro ações movidas pelo Ministério Público, exatamente por contratos com empreiteiras.

O líder do PT, Rogério Correia, abriu os trabalhos lembrando os problemas que surgiram a partir de contratos dessa natureza, como as obras do Mineirão, que correm o risco de serem embargadas pelo Ministério Público Federal, e a recuperação da MG 50. "Uma estrada esfarelada com o pedágio mais caro do que é cobrado na rodovia Fernão Dias", informa o deputado.

Os sindicalistas questionaram a real necessidade dessa ampliação agora. "O sistema Rio Manso ainda opera muito aquém da sua capacidade máxima, o que não justifica investimentos prescritos para um aumento de demanda prevista para 2032 e evento sazonal da Copa do Mundo", afirmou José Maria dos Santos, diretor presidente do Sindágua (Sindicato dos Empregados do Saneamento no Estado de Minas Gerais).

O Diretor de Novos Negócios da Copasa, Cláudio Doti, tentou explicar a escolha desse modelo de contrato alegando que se deu por causa da transferência das responsabilidades, como endividamento e garantias junto aos bancos etc. "Essa PPP estará sempre atrelada à uma prestação de serviço, e o prazo de vigência poderia ser de 5 a 35 anos, mas nós escolhemos o prazo de 15 anos, porque nessa data já teremos um bom tempo para avaliar como tudo aconteceu", explicou Doti. Segundo o gestor de empreendimentos da Copasa, Paulo Farnezi, "Um dos motivos da real necessidade é o crescimento da demanda do setor norte, por causa da Cidade Administrativa e do aeroporto de Confins. Com essa ampliação teremos como ofertar água à população até 2032".

Saindo em defesa do governo do Estado e da PPP, querendo provar que não se trata de uma privatização, o deputado Duarte Bechir (PSD) citou a parábola da Raposa e o Lenhador, aquela história do lenhador que criava em sua casa uma raposa, junto com seu filho mais novo, ainda bebezinho. Apesar de todos o alertarem para o risco de a raposa fazer um mal ao seu filhinho, ele insistia em tê-la em casa. Até que chegando em casa depois de um dia exaustivo de trabalho, encontrou a raposa à porta, com a boca toda suja de sangue e a matou. Quando entrou em casa correu para o berço da criança e a encontrou dormindo, ao lado de uma cobra morta pela raposa.  Ao término de sua breve fala, o deputado Sávio Souza Cruz fez uma releitura da parábola apresentada. "Na verdade, se os senhores observarem bem, o deputado Bechir ajudou bastante para que concluíssemos nossa participação, porque, na verdade, o bebezinho é a Copasa, o lenhador é o governo e a raposa é o sindicato, muito preocupado com a cobra, no caso a PPP. O grande perigo é que o lenhador mate a raposa/sindicato, antes que essa pare a cobra", resumiu Souza Cruz."

Extraido de http://www.minassemcensura.com.br/conteudo.php?MENU&LISTA=detalhe&ID=567

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